Apesar da recuperação econômica precoce da pandemia, o mercado de vinhos da China não ganhou força
Glaucia Balbachan Publicado em 11/11/2021, às 15h30
Reuniões e banquetes estão restringidos na China com nova explosão de casos de Covid-19
De janeiro a setembro deste ano, o gigante asiático importou 1,27 bilhão de dólares em vinhos, US$ 569 milhões a menos em comparação com o mesmo período do ano pandêmico de 2020, segundo a Huajing Research.
A demanda de vinhos no final do ano geralmente é grande, afinal tem que suprir a temporada mais movimentada de vendas no ano. O quarto trimestre chinês tem os feriados de Dia Nacional, Dia dos Solteiros, Natal e, logo no começo do ano seguinte, o Ano Novo Chinês.
Ao analisar as importações dos quatro principais países podemos até ser enganados. Dados alfandegários mostraram que, em termos de volume, as importações de vinhos franceses engarrafados cresceram 25%, e as importações chilenas de vinho cresceram 36%. A Espanha ganhou ainda 62% em volume e a Itália registrou um notável crescimento de 52% no terceiro trimestre do ano.
Porém, esses números não foram suficientes para compensar a perda de vinho australiano, as importações entre o País do Canguru e a China está praticamente parada devido às tarifas antidumping impostas pelo país asiático.
Os comerciantes estão mais cautelosos com o ressurgimento dos casos covid-19. Reuniões em larga escala e banquetes que costumavam impulsionar as vendas de vinho estão restringidos e limitados à medida que os casos ressurgem, amortecendo as vendas de vinho.
A recente explosão de infectados pela Covid-19 no norte e leste da China, incluindo cidades de primeiro escalão como Pequim e Xangai, aumentaram os temores de um surto mais amplo. Espera-se que isso afete negativamente as vendas de vinho nos últimos três meses do ano.
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