Cientistas encontram moléculas contra hipertensão no vinho
Redação Publicado em 03/07/2013, às 11h01 - Atualizado em 02/08/2013, às 11h19
Pesquisadores argentinos, investigando quatro variedades de uva da região de Cafayate, na província de Salta, conseguiram isolar peptídeos com atividade anti-hipertensiva produzidos por uma bactéria fermentadora.
Por conta do auge dos vinhos argentinos no cenário internacional, os cientistas estão se focando nas propriedades benéficas deles, sendo a última descoberta um trabalho da Universidad Nacional de Tucumán (UNT) e do CONICET (Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas).
"Essas moléculas são produzidas por uma bactéria láctica isolada do vinho, chamada Oenococcus oeni, que é responsável pela fermentação malolática durante o processo de vinificação das diferentes variedades", explicou Gisselle Apud, pesquisadora do CONICET.
Segundo as explicações da equipe para a revista International Journal of Food Microbiology, através de técnicas de laboratório, é possível incrementar a atividade dessas bactérias para que a concentração de peptídeos aumente, inflando, também, a ação anti-hipertensiva deles. "A luz dos resultados obtidos, propomos que a bactéria estudada seja usada como 'iniciadora da fermentação' dos vinhos", pontuou Apud.
Assim como medicamentos controladores da pressão, as proteínas geradas pelo microorganismo presente no vinho têm uma atividade inibitória sobre a ECA, uma das "causadoras" da hipertensão.