Cantina Nals e Cantina Margreid-Entiklar se uniram para a criação da vinícola Nals-Margreid
Arnaldo Grizzo Publicado em 10/03/2022, às 10h00
Trabalho do arquiteto Markus Scherer
Em 1985, a Cantina Nals, fundada em 1932, e a Cantina Margreid-Entiklar, fundada em 1963, uniram suas histórias. Surgiu então a vinícola Nals-Margreid.
Mas somente em 2011 é que uma nova estrutura unificou definitivamente o conceito de ambas, criando um espaço de produção e apresentação de seus vinhos do Alto Ádige, no norte da Itália. Com o passar dos anos, a vinícola cresceu e se tornou um aglomerado de edifícios de padrão aleatório.
Em 2011 é que uma nova estrutura unificou definitivamente o conceito das duas vinícolas
Dessa forma, o trabalho do arquiteto Markus Scherer consistia em unir diversas estruturas para facilitar o trabalho de produção dos vinhos. Mas ele não apenas uniu dois prédios próximos como criou um novo e remodelado ambiente que se destacou em meio às montanhas da região.
A nova cantina fica localizada Nalles, no sopé do monte Sirmianer. Agora paredes de até nove metros de altura em concreto castanho-avermelhado impõem-se diante das rochas ao fundo, rochas de pórfiro, aliás, que inspiraram sua cor. Ao centro, a cave de barricas, é dominada por uma cobertura de linhas assimétricas. Tudo foi feito para permitir não somente o aproveitamento da força da gravidade como também para revelar um pouco mais sobre as peculiaridades dos vinhos de Nals-Margreid.
A nova cantina fica localizada Nalles, no sopé do monte Sirmianer
Foi feita uma cuidadosa restauração do local histórico de Campi, que remonta ao século XVI, transformando-o na base das operações da empresa, com salas de apresentação, sede administrativa e wine bar. O conjunto arquitetônico coloca em destaque o processo de vinificação, tornado bem visível as etapas do processamento e os objetos que as representam, como cubas, prensas e tonéis. Integrados na estrutura arquitetônica da vinícola estão ainda a loja de vinhos e a sala de degustações.
A nova estrutura para a entrega e guarda das uvas tem uma torre de vinificação contígua, uma grande e nova adega subterrânea, bem como uma nova cave de barricas no pátio e um telhado suspenso por uma viga aparente que se estende sobre ela. As duas partes centrais da adega abrem-se para o pátio principal e permitem aos visitantes uma visão geral da adega e da torre de vinificação.
O novo edifício principal, como um ponto de encaixe, é construído em cimento isolante castanho-avermelhado, que forma uma unidade cromática com o cemitério ao redor constituído por pedras de pórfiro, assim como as rochas do monte Sirmianer. A convolução no lado inferior do telhado segue as linhas estáticas e cria uma superfície reforçada como um origami. A adega das barricas é situada no pátio, como se fosse uma caixa de vinho de grandes dimensões, em uma estrutura de madeira. Os materiais são deixados em seu estado natural, de modo que se integram harmoniosamente no cenário.
Confira mais imagens da bela vinícola.
O conjunto arquitetônico coloca em destaque o processo de vinificação
A adega das barricas é situada no pátio, como se fosse uma caixa de vinho de grandes dimensões
Integrados na estrutura arquitetônica da vinícola estão ainda a loja de vinhos e a sala de degustações
O projeto não apenas uniu dois prédios próximos como criou um novo e remodelado ambiente
Tudo foi feito para permitir o aproveitamento da força da gravidade
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