Conheça alguns vinhos para aquecer o seu inverno

ADEGA selecionou alguns rótulos para facilitar suas aventuras e ajudá-lo a escolher o melhor vinho para aquecer o seu inverno

Eduardo Milan Publicado em 20/06/2014, às 00h00 - Atualizado em 14/06/2023, às 12h00

Com a chegada de dias mais frios, surge a vontade de comer pratos mais substanciosos, mais calóricos. Além disso, junto à vontade de pratos mais quentes, também vem a necessidade de beber vinhos mais encorpados, estruturados, potentes e, na maioria das vezes, mais alcoólicos.

Todavia, é inegável que há uma busca por mais frescor, leveza, fruta correta, menos compota e menor teor alcoólico nos vinhos. Por assim dizer, há uma busca por mais pureza e sutileza; os paladares têm sido atraídos por vinhos que são bebidos mais facilmente. Enfim, por mais equilíbrio.

Acompanhada dessa boa tendência, temos visto também uma propensão de simplificar as coisas e de se tirar conclusões precipitadas. Assim, em defesa desse estilo mais fresco, está se construindo uma certa repugnância aos vinhos mais estruturados, potentes e com maior teor alcoólico, sob a justificativa de que esses rótulos carecem de equilíbrio.

Com foco nesse tema, ADEGA selecionou alguns rótulos para facilitar suas aventuras e ajudá-lo a aquecer o seu inverno.

Conheça mais...

Um vinho equilibrado é aquele que consegue ter uma harmonia de todos os seus componentes, ou seja, fruta, acidez, taninos e álcool. Assim, esse equilíbrio pode ser atingido em todos os estilos e tipos de vinho, independentemente de seu teor alcoólico, potência ou estrutura.

Assim, podemos lembrar de vários vinhos que, além de serem estruturados e potentes, são também equilibrados. Os Amarones, por exemplo, de elevado teor alcoólico, mas que, pela fruta intensa, taninos marcantes e boa acidez, esbanjam equilíbrio e são boas companhias para pratos de carnes vermelhas ou de caça mais substanciosas ou, melhor ainda, para acompanhar queijos duros e curados, como o parmesão.

O que falar então dos Jerez secos, como os Manzanillas e Amontillados, por exemplo?  Vinhos superversáteis e que têm um lugar cativo nas adegas dos enófilos mais exigentes. Em geral, minerais e com ótima textura, são companhia ideal para diversos tipos de prato, desde os embutidos, como o famoso jamón, até os pratos mais complicados para harmonização, como sopas e cremes, tão apreciados em dias frios.

Saindo desses exemplos mais extremos, podemos citar os vinhos do Douro e do Alentejo, com base em Touriga Nacional ou Alicante Bouschet e os espanhóis do Priorato, à base de Tempranillo e/ou Garnacha, muitas vezes com maior teor alcoólico, porém cheios de fruta e de taninos de ótima textura, que trazem bastante elegância e profundidade atrás de tanta potência.

Além deles, temos os Cabernet Sauvignon ou os Bordeaux Blend californianos, os Shiraz australianos, os bons Cabernet chilenos e também os Malbec argentinos. E, ainda, os vinhos tintos e brancos do Rhône, como Gigondas, Châteauneuf-du-Pape, Côte Rotie (só tintos) ou Condrieu (só brancos), em geral muito estruturados, grandiosos, porém com complexidade e equilíbrio na mesma intensidade.

Enfim, há um mundo de vinhos muito bem elaborados para se explorar nesse estilo dito mais potente, estruturado, ideal para uma série de ocasiões. Vinhos que provam e comprovam que o que importa, afinal de contas, é o equilíbrio do conjunto, muito mais que um ou outro fator analisado isoladamente.

Inverno Tintos brancos maior teor alcoólico vinhos mais encorpados