Proprietários alegam que reclassificação de 2012 beneficiou injustamente alguns grupos
Redação Publicado em 26/10/2019, às 17h00 - Atualizado às 17h34
A saga em torno da classificação de Saint-Émilion de 2012 deve ir a tribunal no próximo ano. Hubert de Boüard, proprietário do Château Angélus, e Philippe Castéja, proprietário do Château Trotte Vieille, serão intimados a um julgamento após serem acusados de terem “conflitos de interesses ilegais” em relação à classificação. Os promotores alegam que de Boüard estava “presente em todas as etapas do processo de elaboração da classificação de 2012”, enquanto Castéja “manipulava” para garantir a promoção de sua propriedade. Ambos negam as acusações.
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A reclassificação de 2012 da denominação causou algumas indignações, com reclamações de algumas propriedades de que teriam sido preteridas na promoção a um status mais alto ou então injustamente rebaixadas, enquanto outras, que foram promovidas, tiveram um “favoritismo indevido” e tudo teria sido “manipulado”.
Boüard e Castéja são acusados de usar sua influência e o resultado da classificação viu Angélus elevado ao mais alto nível, de “Grand Cru Classé A”, e Trotte Vieille manteve seu status como “Grand Cru Classé B”, apesar de adquirir e incorporar uma propriedade com classificação mais baixa pouco antes da reclassificação.
Os acusadores são os proprietários do Château La Tour du Pin Figeac, do Corbin-Michotte e do Croque-Michotte, que se sentiram ofendidos com a forma como suas propriedades se saíram na classificação de 2012, que eles alegam ser injusta.