Cientistas mostram que consumo moderado de álcool diminuiu os riscos à saúde mental
Redação Publicado em 09/09/2013, às 10h00 - Atualizado em 03/12/2014, às 08h04
Um estudo conduzido por especialistas espanhóis da área médica apontou que o consumo moderado de vinho pode estar relacionado à menores taxas de depressão. A equipe publicou o estudo na revista BMC Medicine recentemente.
Sabedores da boa relação entre vinho e saúde, os cientistas queriam testar se esses benefícios à saúde poderiam também afetar o bem-estar mental das pessoas. Para avaliar isso, colheram dados de 5.505 homens e mulheres participantes do estudo PREDIMED, que determina o impacto da dieta mediterrânea nas doenças cardiovasculares. Nenhum dos participantes relatou depressão, problemas com álcool ou outras doenças notáveis quando aderiram ao estudo.
Depois de um acompanhamento de sete anos, os pesquisadores apontaram quantas pessoas foram diagnosticadas com depressão e analisaram o hábitos de consumo de álcool. Ele descobriram que a ingestão moderada, de 5 a 15 gramas por dia, está associada a uma taxa 28% menor de chance de depressão. E, o consumo de vinho, entre duas e sete taças por semana, está relacionada a uma taxa 32% menor de depressão.
“O vinho pode ajudar a prevenir a depressão entre as pessoas que não estão deprimidas, mas não podemos dizer que ele pode ajudar aqueles que já estão”, atesta Miguel Martínez González, coautor do estudo. Segundo os cientistas, uma das explicações para essa ajuda na saúde mental pode vir do resveratrol que tem propriedades neuroprotetoras. “Neuroproteção aplicada ao hipocampo (área que tem papel fundamental no desenvolvimento da depressão aguda) pode prevenir quem bebe moderadamente de desenvolver depressão”, diz o estudo.