Fruto do distanciamento social, os leilões virtuais levaram o glamour do salão para o ambiente on-line
André De Fraia Publicado em 07/12/2020, às 12h00
Leilões presenciais como esse de Sonoma não ocorreram em 2020 devido à pandemia de Covid-19
Com o distanciamento social devido à pandemia de Covid-19, as casas de leilão estão tendo um ano de reinvenções. Todo glamour e pompa que há nas audiências estão sendo deixados de lado em troca de uma plataforma virtual completa. O que traz uma inovação, pois não apenas os compradores locais têm acesso aos produtos e ao “salão”, mas o mundo todo.
A Christie’s, uma das maiores casas de leilão do mundo, disse em entrevista recente para a Winespactator que “nós tivemos um mercado vibrante com preços altos – e até alguns recordes – durante a Covid”.
Fato comprovado pela Acker Wines. Maior casa de leilões de vinhos do mundo, terá em 2020 seu maior faturamento anual de sua história de 200 anos. A empresa deve bater a casa dos 120 milhões de dólares em vendas, um aumento de 32% em relação a 2019.
Para os especialistas o modelo de leilão virtual chegou para ficar, porém não deve acabar com o clássico presencial, em um futuro os dois devem andar de mãos dadas. “[leilões virtuais] nunca irão substituir completamente os presenciais, não há nada como juntar o pessoal.” Destaca Charles Antin da Zachys, empresa que também teve um ano positivo, superando as expectativas de vendas planejadas no ínicio de 2020 e batendo a casa do 90 milhões de dólares em vendas.
Apesar da mudança na forma e da expansão que a internet proporcionou, o gosto para os vinhos se manteve praticamente igual. Os campões de venda nos leilões de 2020 são os borgonheses Domaine de la Romanée-Conti, Domaine Dujac e Domaine Armand Rousseau e o bordalês Petrus.
» Receba as notícias da ADEGA diretamente no Telegram clicando aqui