Com a primeira metade da corrida finalizada, ficam análises muito positivas
Christian Burgos Publicado em 09/10/2021, às 14h00
Números do primeiro semestre de 2021 são animadores
Os números de janeiro a junho de 2021 mostram que o mercado de vinhos no Brasil continua em ebulição.
E que corrida! Crescimento geral de 38,8% em volume e 44,4% em valor. Essa informação traz algumas análises muito positivas.
Primeiramente, crescimento em valor superior ao volume indica um crescimento quantitativo atrelado a valor médio mais alto. O estudo da Ideal Consulting aponta para um crescimento de 12% em reais no valor médio do vinho no país.
O melhor é que isso não se deu apenas por subida de preços do vinho básico importado, mas muito pelo crescimento da importação de vinhos de maior valor agregado. Os vinhos tranquilos cresceram 40,3% em volume e 46,7% em valor e estamos novamente batendo os recordes históricos de importação.
O ranking de países ficou em:
Numa festa onde todo mundo está crescendo, mais importante do que nunca olhar para o market share. E, nesse quesito, entre os 10 primeiros países cresceram Argentina, França, Estados Unidos, África do Sul e Austrália. Esta análise foi feita com base no relatório resumido de janeiro a junho de 2021 da Ideal Consulting em comparação com o mesmo período do ano passado. O relatório detalhado será apresentado em primeira mão na segunda semana de agosto durante o 2º ADEGA IDEAL - Seminário do Mercado de Vinhos.
Números comparativos dos últimos anos
Entretanto os dados do acumulado até maio nos permitem interpretar que o crescimento vem com grande contribuição do que chamamos de importadores tradicionais. No ano passado, notamos que players que mantém alto investimento em estoque de vinhos premium, como Mistral e World Wine, cresceram em vendas sem o mesmo crescimento de importação e, neste ano, eles estão num forte movimento de reposição de estoque. Players com giro mais rápido de estoque como VCT Brasil, Cantu, Wine e Evino continuam num ritmo acelerado. E o crescimento de importação se deu até com players que, apesar de operaram com estoques reduzidos, não compraram e não cresceram em vendas no ano passado. Estes agora foram às compras, refazem seus estoques e se unem ao entusiasmo do mercado.
Tudo indica mais crescimento e competição este ano, e, por isso, um exercício interessante será analisar a curva do market share de cada player num horizonte temporal de alguns anos. Tudo isso será discutido em detalhes com a apresentação dos dados do primeiro semestre durante o ADEGA IDEAL em agosto.
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