O Impacto da eleição de Donald Trump no mercado de vinhos importados

A vitória de Trump reacende preocupações sobre novas tarifas que podem aumentar preços dos vinhos nos EUA

Redação Publicado em 08/11/2024, às 09h00

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Com a vitória de Donald Trump para retorno a Casa Branca, o debate sobre a possível imposição de novas tarifas sobre produtos importados, incluindo vinhos ganhou força na Europa.

Durante a campanha, Trump deixou claro seu entusiasmo pela política de tarifas, chegando a declarar à Bloomberg que "tarifa" era sua palavra favorita. Isso gerou apreensão em setores que dependem de importações, como o de vinhos, que já enfrentam desafios como a queda no consumo doméstico.

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A US Wine Trade Alliance (USWTA), um grupo de lobby contrário às tarifas, tem alertado para os efeitos negativos dessas políticas sobre o mercado de vinhos importados, afirmando que aumentar as tarifas reduz a escolha dos consumidores e onera as empresas americanas, que acabam repassando esses custos.

A associação ainda afirma que é um "equívoco" pensar que os consumidores migrariam facilmente para vinhos nacionais caso os rótulos importados se tornem mais caros.

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Os Estados Unidos foram o maior importador mundial de vinhos em valor em 2023 e mesmo com uma queda de 11% em comparação ao ano anterior, movimento quase €6,2 bilhões. Em volume, apenas Alemanha e Reino Unido superaram os EUA.

Esses dados ressaltam a importância do mercado americano para vinhos estrangeiros, e possíveis novas tarifas poderiam afetar significativamente esse comércio. Não por um acaso, as associações comerciais na Europa demonstraram preocupação após a vitória de Trump.

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Miles Beale, CEO da Wine & Spirit Trade Association (WSTA) no Reino Unido, expressou "preocupações claras" com base nas tarifas impostas por Trump durante seu primeiro mandato, embora também tenha mencionado a possibilidade de um acordo de livre comércio entre EUA e Reino Unido como uma oportunidade a ser explorada.

Já a federação francesa FEVS, que representa exportadores de vinhos e destilados, parabenizou Trump, mas pediu um "diálogo construtivo" entre EUA e União Europeia para evitar conflitos tarifários prejudiciais.