"Ode ao Vinho", Pablo Neruda coloca em palavras o amor ao vinho!

Redação Publicado em 03/09/2020, às 10h30 - Atualizado às 14h30

 

 

Ode ao Vinho

Vinho da cor do dia,

vinho da cor da noite,

vinho com pés púrpura

ou sangue de topázio,

vinho,

rutilante filho

da terra,

vinho, liso

como uma espada de ouro,

suave

como um desordenado veludo,

vinho encaracolado

e suspenso,

amoroso,

marinho,

jamais coubeste numa taça,

numa canção, num homem,

num coro, tens o sentido gregário,

ou pelos menos, comum.

Pablo Neruda

 

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O nome de Pablo Neruda é um pseudônimo de Ricardo Eliécer Neftali Reyes. O autor foi um poeta chileno e chegou a receber o Prêmio Nobel de Literatura em 1971. Nasceu na cidade de Parral, no Chile, em 1904. O acervo de obras do autor inclui, entre muitas outras: Crepusculario, Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada e Tentativa del Hombre Infinito.

Em 1919, Neruda ganhou em 3° lugar nos Jogos Florais de Maule, com o poema “Noturno Ideal”. Adotou mais tarde o nome Pablo Neruda, inspirado no escritor tcheco Jan Neruda. O poeta recebeu ainda o Prêmio Lenin da Paz, em 1953 e Doutor Honoris Causa da Universidade de Oxford em 1965.

 

 

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