Explore a diversidade de clones da Pinot Noir e sua adaptação em diferentes regiões vinícolas ao redor do mundo.
Redação Publicado em 10/01/2025, às 10h00
A Pinot Noir é a uva emblemática da Borgonha, conhecida por traduzir o terroir na taça, captando detalhes do solo, clima e intervenção humana. Sua fama como “uva do desgosto” reflete sua delicada instabilidade, que desafia enólogos pela sensibilidade ao clima e manejo complexo, enquanto encanta consumidores com elegância e expressividade.
Embora tenha coloração translúcida, a Pinot Noir não é de taninos macios. Grandes vinhos feitos com essa casta são firmes, estruturados e apresentam uma diversidade de facetas. Geneticamente instável, ela rapidamente sofre mutações, sendo próxima da Pinot Blanc e da Pinot Gris, que compartilham DNA idêntico, diferenciando-se apenas por sutis variações na pigmentação. Estima-se uma enorme diversidade de clones dessa variedade, com mais de 10 mil ao redor do mundo, comparados a apenas 10 da Cabernet Sauvignon.
Clique aqui e assista aos vídeos da Revista ADEGA no YouTube
Além da Borgonha, onde atinge sua máxima expressão, a Pinot Noir se adaptou a diversos terroirs globais. Na Nova Zelândia, é a principal uva tinta desde os anos 1970. No Oregon, EUA, chegou nos anos 1960 e se tornou um ícone local. Também é cultivada com sucesso na Patagônia, Argentina, nos vales chilenos de Casablanca e Leyda, no Yarra Valley, Austrália, em Paarl, África do Sul, na Serra Catarinense, Brasil, e outros cantos do planeta.
LEIA TAMBÉM: Veja lista com os melhores vinhos brancos acima de 90 AD pontos
Seu nome, derivado de "pin" (pinheiro), faz alusão ao formato de seus cachos. Fascinante e desafiadora, a Pinot Noir continua a cativar o mundo do vinho com sua complexidade única.