Vidro, cristal, titânio? Aqui, são os detalhes que fazem a diferença
André De Fraia Publicado em 15/08/2021, às 11h00
Os materiais das taças influenciam muito mais do que apenas no peso
Apesar de muitos estilos diferentes, as taças são basicamente feitas de três materiais: vidro, cristal de vidro e cristal. Mas qual é a diferença entre eles e o que isso interfere no nosso vinho?
Antes de irmos para os tópicos, uma curiosidade: o que acostumamos chamar de cristal, na verdade, é sempre cristal de vidro. Isto é, um vidro de aparência cristalina. O cristal em si é um termo utilizado na química e mineralogia para qualificar um sólido constituído em uma organização tridimensional repetidamente, o que não é o caso das taças.
Mas vamos ao que importa, o que muda de uma taça para outra é a quantidade de óxido de chumbo em sua composição. Quanto mais desse componente, mais leve, fina, transparente e porosa será sua taça.
E o que isso impacta no vinho?
• A taça de vidro é composta de areia (sílica), óxido de sódio, óxido de cálcio e óxido de alumínio
• O cristal de vidro e o cristal têm apenas sílica e óxido de chumbo – o que diferencia um do outro é a quantidade desse último que deve ser de pelo menos 10% e pode chegar até 25%
• Titânio: o que comumente chamamos de “taças de cristal de titânio” na verdade podem ser feitas com titânio ou o zircônio (ou os dois combinados). Ambos têm propriedades muito parecidas: são leves, maleáveis e mais resistentes, conferindo mais dureza ao material, sem atrapalhar a transparência. Além deles, há liga de sílica e óxido de sódio. Isto é, ganha-se durabilidade, com as boas características de uma boa taça. É a melhor escolha.
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