Degustamos alguns rótulos da vinícola Donnafugata do vinho Ben Ryé
Redação Publicado em 03/05/2019, às 14h00
A uvas Zibbibo são conduzidas e podadas em um sistema chamado “alberello”
A nova vinícola da Donnafugata em Pantelleria foi fundada em 2006, onde eles possuem 68 hectares de vinhedo em 12 áreas diferentes, sendo a maioria de Zibbibo. Especificamente para o rótulo Ben Ryé, cuja primeira safra foi a de 1989, são adicionadas 70 quilos de frutas passas para cada 100 litros de mosto de forma contínua, a fim de não suspender a fermentação. O “apassimento” (processo de secagem das uvas) dura quatro semanas e usualmente 1 quilo de uva gera 250 gramas de uvas secas. Depois de fermentado, o vinho estagia em tanques de inox por sete meses e ,depois, em garrafa durante 12 meses. Pronto, costuma ter por volta de 14% de álcool, 200 g/l de açúcar, acidez total de 7,9 g/l e pH de 3,8. O nome Ben Ryé vem de um termo árabe que significa filho dos ventos.
Essa degustação memorável ocorreu em Pantelleria, na nova vinícola da Donnafugata, depois de um dia intenso durante a colheita e a vinificação, quando ADEGA pode presenciar todos os detalhes e o cuidado durante o processo de elaboração deste vinho doce natural que, independentemente da safra, mostra sempre muita intensidade e um grande equilíbrio entre acidez e doçura. Os vinhos foram degustados do mais jovem para o mais velho.
Donnafugata, Sicília, Itália. Amarelo-dourado de reflexos âmbar. Complexas notas de casca de laranja, cera e mel envolvem os aromas de frutas frescas e secas. Concentrado e intenso, tem acidez vibrante, que traz uma sensação de frescor e equilíbrio ao conjunto. EM
Donnafugata, Sicília, Itália. Possui notas minerais mais pronunciadas, além de frutas mais frescas acompanhadas de toques de casca de laranja, de frutas secas, mas mostrando acidez mais vibrante, com mais equilíbrio e profundidade. Gostoso de beber e nada enjoativo. EM
Donnafugata, Sicília, Itália. Aqui se tem uma fruta mais madura, como em 2011, mas com a tensão de acidez do 2010. No final de boca já aparece uma deliciosa nota de amêndoas, seguidas por toques de figos secos, mel e casca de cítricos. É intenso e vibrante como o 2010, porém com mais elegância. EM
Donnafugata, Sicília, Itália. Aqui já aparecem notas de melado e de marrom glacê, além de toques florais e de casca de laranja. A fruta madura se mostra de modo exuberante, sobrepondo-se um pouco a sua gostosa acidez. EM
Donnafugata, Sicília, Itália. Mostra aromas vivos de frutas brancas e de caroço em calda. Apesar da fruta doce e em compota, tem acidez vibrante, que traz equilíbrio e sustentação ao conjunto. Tem frutas secas mais discretas, que aparecem com o tempo na taça. No estilo do 2006, porém de um jeito mais sutil, delicado e elegante. EM
Donnafugata, Sicília, Itália. Aqui as notas de marrom glacê são evidentes, depois aparecem tâmaras. Mais untuoso, cremoso, privilegiando volume de boca. Gostoso de beber, porém com a fruta doce prevalecendo sobre sua acidez refrescante. Num estilo mais cheio que longo. EMprofundidade. Gostoso de beber e nada enjoativo. EM
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