Após 2020 o vinho rose apresentou crescimento expressivo do mercado, mas tendência atual mostra uma curva inversa
Felipe Galtaroça Publicado em 05/12/2023, às 18h25
A cor rose que indica delicadeza com um tom de romantismo, tem sido tendência nos últimos anos tanto no segmento de decoração quanto no mundo da moda, e não foi diferente no segmento de vinhos, mas podemos afirmar que ainda temos um “boom” de consumo de vinhos da categoria?
Em 2019, período pré-pandemia no Brasil, o segmento de vinhos rosés representava 6% no mercado total, entre os vinhos finos nacionais e as importações, um montante de aproximadamente 864 mil de caixas de 9 litros.
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Durante 2020 o mercado geral de vinhos apresentou um crescimento expressivo de 36% e no ano seguinte teve um crescimento mais moderado de aproximadamente 7%, enquanto os vinhos roses continuaram crescendo 35%.
O grande salto da categoria acontece em 2021, quando o segmento ganhou 2 pontos percentuais, fechando o ano com 8% de share e quase dobrando o volume de 2019.
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Em 2022 o mercado começou a apresentar desaceleração do crescimento em relação ao período pandêmico, mostrando sinais de altos estoques e redução de sell-out. O ano fechou com queda na comercialização de vinhos, entre os finos e importados, de aproximadamente -12% enquanto os vinhos roses registraram redução de aproximadamente -14%.
Em 2023, os roses voltam a apresentar números negativos na soma da comercialização dos vinhos brasileiros finos com os importados no período janeiro a setembro, -10% em relação ao mesmo período de 2022.
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Com esse cenário, podemos afirmar que o atual “boom” de vinhos roses, que tantos falam, está no retrovisor e aconteceu em 2021. Este ano, os números absolutos continuam caindo e a categoria consegue apenas acompanhar o mercado e manter seu share.
Por Felipe Galtaroça é CEO Ideal.BI