Os produtores de vinho estão de olho no mercado do vinho sem álcool e com menores teores, uma tendência que tem se fortalecido ano a ano
Manuel Luz Publicado em 12/02/2025, às 10h00
O vinho há milênios faz parte da humanidade, e é um dos pilares da civilização ocidental, pedra angular de encontros sociais, e contemporaneamente, a bebida e os encontros evoluíram para a harmonização de vinhos e alimentos. Sinônimo de bem-estar e de saber viver, consumir vinho é uma das alegrias da vida.
O gosto sempre foi volátil. Já passamos pela fase dos vinhos brancos docinhos, dos tintos super amadeirados, e dos vinhos altamente alcoólicos. E a preferência dos consumidores segue em transformação. A vez é a dos vinhos com baixo teor alcoólico ou desalcoolizados.
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Grandes empresas de alcance mundial aderiram a tendência e estão lançando suas versões. E até mesmo no Brasil, vários produtores da Serra Gaúcha dizem aderir ao movimento.
A grande questão é como produzir esse estilo sem sacrificar a qualidade e o sabor?
Tradicionalmente os vinhos ficam na casa dos 8.0%, – caso de alguns Vinhos Verdes e espumantes de Moscatel –, aos 16.5%, caso de alguns Châteauneuf-du Pape, Malbecs argentinos e tintos gregos. O volume pode chegar a 22.0% no caso dos vinhos fortificados como Porto. Na média, nos deparamos no dia a dia com vinho entre 12.5% a 14.0% de álcool por litro.
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Os defensores dos baixos teores afirmam que a tendência se traduz em menor consumo de calorias e uma abordagem mais consciente para as questões da saúde e bem-estar. Os apoiadores dos vinhos com teores naturais, dizem que basta um consumo moderado seguido de boas doses de água, alimentos e está tudo certo.