por Redação
Durante uma de suas buscas, a uma dupla de “caçadores de tesouros” da Polônia encontrou duas garrafas de vinho da década de 1930 dentro de um bunker nazista. Os rótulos encontrados eram do Châteaux Grand Barrail Lamarzelle 1938 e do Château Latour-Martillac 1939, que estavam dentro de uma caixa de munição no bunker localizado na cidade de Swinoukscie, no norte da Polônia. Acredita-se que ninguém entrava nos corredores subterrâneos há pelo menos 70 anos. Não foi divulgado qual seria a destino das garrafas encontradas, tampouco o nome dos “caçadores”.
Enquanto a colheita começa no Rio Grande do Sul neste ano, o documentário “À Sombra das Videiras” está sendo gravado. O projeto é da Faculdade Cenecista, por meio de seu Núcleo Audiovisual, e as gravações ocorrerem entre janeiro e fevereiro na Linha Paulina, no interior do município de Bento Gonçalves. A ideia é mostrar os reflexos das migrações sazonais de trabalhadores e o contraste cultural entre empregados e pequenos produtores durante a colheita de uva. O roteiro tem três elementos fundamentais: a chegada dos migrantes a Bento Gonçalves e a recepção por parte dos produtores – representados no documentário por três famílias de Bento Gonçalves; os dias de colheita e o desenrolar das refeições e conversas entre produtores e trabalhadores; e a despedida.
Segundo Jean-Michel Boursiquot, o ampelógrafo que redescobriu a Carménère no Chile há 20 anos, a China pode ser o país que mais produz essa variedade. Boursiquot acredita que existem cerca de 15.000 hectares de Carménère plantados em território chinês, o que representaria 50% a mais do que o total no Chile. Isso se deve ao fato de que uma variedade chamada Cabernet Gernischt, muito comum na China, é sinônima da Carménère. Uma análise de DNA mostrou que a Cabernet Gernischt e a Carménère têm exatamente a mesma composição de genes. No entanto, sob esse mesmo nome, é possível achar outras variedades, como a Cabernet Franc, Merlot etc.
O Clube dos Gourmets de Florianópolis alcançou uma impressionante marca em 2014 ao celebrar seus 25 anos de existência. A mais tradicional confraria catarinense, com mais de 70 membros, reúne-se bimestralmente desde 1989 para celebrar a boa mesa. “Hoje não temos um clube, mas sim uma família de amigos que, com confraternizações bimestrais, agrega tantos outros amigos em torno da boa mesa regada por uma animada conversa e excelentes vinhos”, discursou o presidente de honra, Paulo Konder Bornhausen. “Concordo, somos mais do que uma confraria, somos uma irmandade”, afirmou o presidente Luiz Fernando de Vincenzi.
No dia 11 de dezembro do ano passado, Juliano Perin foi eleito por unanimidade como o novo presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE), com mandato pelos próximos dois anos. Perin, que desde 2000 atua como gerente de enologia na Chandon, vem para suceder e dar continuidade ao trabalho de Luciano Vian. Ele afirma que manterá o trabalho desenvolvido pela entidade, com foco na valorização do associado através de palestras, degustações temáticas e experiências imersivas. Como novidade, Perin pretende enfatizar ainda mais a questão das visitas técnicas.
O ataque terrorista ao jornal de charges satíricas francês Charlie Hebdo, no dia 7 de janeiro deste ano, matou 12 pessoas, entre elas Georges Wolinski, um dos mais proeminentes cartunistas da publicação. Além de desenhista, Wolinski era um amante do vinho, em especial do Vinho do Porto, tendo sido entronizado pela Confraria do Vinho do Porto, que soltou nota de condolências logo após o atentado.
Um espumante está sendo vendido na Austrália para financiar o grupo Q Society, conhecido por ser o maior movimento anti-islâmico do país. O rótulo do vinho “Hal & Al’s 72 Virgins” ironiza as crenças religiosas do Islã e diz irônico: “O consumo desse vinho australiano pode lhe privar do paraíso islâmico. Entretanto, os paraísos judeus e cristãos estão abertos como alternativas”. O islamismo não permite que seus seguidores bebam vinho e, segundo a tradição, 72 virgens estarão à disposição dos homens quando chegarem ao paraíso, daí o nome. O Q Society declarou que o rótulo não pretende ofender ninguém e seu objetivo é evitar uma possível “islamização” do país.
Depois de investir pesado comprando propriedades em Bordeaux, os investidores chineses agora estão voltando seus olhos para a região do Languedoc. O grupo BHC International Wine Assets Management está para concluir a compra do Château La Bastide, uma das principais vinícolas da região, com 60 hectares. Se concretizada a negociação, será a primeira propriedade do Languedoc com investimento chinês.
Na década de 1990, havia, no Líbano, apenas oito produtores de vinho. Hoje, esse número está em 40, que juntos produzem 9 milhões de garrafas por ano. Em termos globais, é uma produção bem pequena, no entanto, para os libaneses, ser pequeno é uma vantagem quando o objetivo é focar na qualidade de modo a posicionar o país como nação produtora de vinhos butique. Atualmente o Brasil é o pais que abriga o maior número de imigrantes libaneses no mundo. Apostando nessa boa relação, que está firmada há mais de um século, e também na abertura do mercado brasileiro, 10 produtores libaneses, ou seja, 25% do total, desembarcaram em São Paulo no finalzinho de 2014, para aquele que foi o maior evento de vinhos libaneses no país. O consumidor brasileiro está definitivamente no alvo dos libaneses e não há porque duvidar que os vinhos serão bem aceitos por aqui. A maior parte é feito com uvas de origem francesa, mas também existem os varietais autóctones como a branca Obeidy, que dá um vinho fresco, cítrico e com nuances minerais. Os rosés são de alta qualidade, lembrando muito a Provence. Confira alguns destaques que ADEGA selecionou.
Girar a taça pode ser catastrófico na mão de algumas pessoas menos habilidosas. No entanto, para evitar “tragédias”, a Superduperstudio, uma empresa de design de São Francisco, nos Estados Unidos, anunciou ter criado uma taça de vinho à prova de respingos e derramamentos. As taças, chamadas Saturn, não possuem haste e contam com uma extremidade curva acima de uma base menor em relação ao corpo do recipiente. Assim, se a taça for derrubada, ela cairá sobre a ampla borda curva e não derramará o líquido.
Uma pesquisa da Universidade de Reims, na região de Champagne, França, mostrou que não é preciso ter medo de abrir um espumante depois de agitá-lo. Aliás, segundo os cientistas, chacoalhar vigorosamente a garrafa pode até diminuir o risco de a rolha var longe e o líquido “explodir” em um spray de espuma. Quando a garrafa está fechada, o dióxido de carbono no líquido e o do gargalo são proporcionais. Ao agitar a garrafa, criam-se bolhas grandes durante a mistura do gás com o líquido. No entanto, quando essas bolhas se rompem, um pouco do dióxido de carbono é absorvido pela bebida, reduzindo levemente o total de gás na garrafa. No entanto, a diminuição na pressão é relativa. Se a garrafa for aberta logo após ser chacoalhada, sairá um spray de espuma. Porém, se ela for deixada em paz por 2 minutos e 40 segundos, a dissipação das bolhas causa uma queda de pressão que dura cerca de 30 segundos. De acordo com Gérard Liger-Belair, coautor do estudo, “a diminuição de pressão é muito pequena e detectada apenas em sensores de alta precisão”, por isso, “a maneira mais segura de abrir uma garrafa de espumante ainda é fazer isso gentilmente, sem agitá-la”.
No começo de dezembro, para ajudar a aplacar o calor do verão brasileiro, a empresa Sorvete Brasil e a vinícola Dal Pizzol lançaram um sorvete exclusivo de espumante Dal Pizzol Brut. O novo sabor foi feito artesanalmente, sem conservantes, sem gordura hidrogenada e essências, e está sendo comercializado por R$ 12 a bola.
O consultor de vinhos e perfumista Alexandre Schmitt está liderando uma pesquisa que vai testar a influência das barricas de carvalho na formação do aroma de um vinho. Schmitt, cujo treinamento olfativo lhe rendeu o apelido de “o nariz de Bordeaux”, começou o experimento de três anos em parceria com a fabricante de barricas Charlois. Se for bem-sucedido, o projeto pode ajudar produtores a terem maior controle sobre os aromas relacionados à influência do carvalho nas barricas. “Essa é a primeira vez no mundo que uma pesquisa deste tipo é realizada, não apenas se preocupando com o gosto, mas com as moléculas de aroma transferidas da barrica para o vinho”, apontou Schmitt. O objetivo principal é desenvolver uma referência molecular para que os produtores escolham as barricas mais apropriadas.
A companhia aérea Emirates anunciou que, na última década, investiu US$ 500 milhões no seu programa de vinhos. A empresa afirma que compra vinhos en primeur e os armazena em uma adega na Borgonha, que, segundo informações, já possui 1,2 milhão de garrafas estocadas. “Nossos passageiros querem tomar vinho a bordo como se estivessem jantando em um restaurante fino”, afirmou Tim Clark, presidente da companhia, que quer oferecer aos passageiros as melhores safras de grandes vinhos.
No final do ano passado, o restaurante Courtesan, de Londres, lançou o que seria a primeira carta de vinhos feitos só por mulheres. A intenção do projeto é destacar o papel das mulheres dentro do mundo do vinho, seja em qual cargo for. Assim, a carta também incluí vinícolas administradas ou de propriedade de mulheres.
A vinícola Jacob’s Creek, patrocinadora do Australian Open, contratou o tenista Novak Djokovic para estrelar uma série de filmes publicitários da marca durante o torneio. A série Made by foi dirigida por uma equipe americana, que usou como pano de fundo a cidade-natal do tenista, Belgrado, na Sérvia. Além disso, os filmes buscam mostrar a trajetória de Djokovic e o que o transformou em um grande campeão. Antes do sérvio, André Agassi já havia protagonizado os filmes da marca.
Uma pesquisa da Goldman Sachs Investment Research, realizada no final do ano passado nos Estados Unidos, mostrou que, há 20 anos, 75% dos jovens, entre 18 e 29 anos, preferiam a cerveja. Hoje, esse índice chegou a apenas 40%. Já a preferência pelo vinho aumentou entre os jovens. Na década de 1990, o percentual dos que preferiam o vinho era de 15%. Hoje, está em 25%. Segundo especialistas, o panorama apontado pela pesquisa se deve em grande parte às tendências saudáveis que se difundiram entre a população nos últimos anos.
A ilha de Pantelleria, na Itália, é repleta de histórias. Lá, as vinhas, por exemplo, são plantadas com uma técnica usada desde a época dos fenícios, há cerca de 2.500 anos. Para o cultivo das uvas na ilha, são usados métodos de terraceamento, que compensam a configuração irregular do terreno local. A ilha é famosa por produzir o Passito di Pantelleria, um vinho doce feito a partir de uvas Zibibbo. E, por tudo isso, a Unesco decidiu declarar toda essa tradição como patrimônio da humanidade. “O fato de a nossa plantação ter se tornado patrimônio da Unesco vai ajudar ainda mais na preservação do meio ambiente e da paisagem do local”, disse Jose Gallo, proprietária da vinícola Donnafugata.
Reguengos de Monsaraz, na região do Alentejo, em Portugal, foi eleita a “Cidade Europeia do Vinho 2015” pela Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN). O título pretende destacar a cidade símbolo do desenvolvimento vitivinícola na Europa, impulsionando a promoção dos vinhos não só do município, mas de toda a região. No ano passado, o Alentejo já havia sido eleito pelo USA Today como a melhor região vinícola do mundo para se visitar.
De acordo com um estudo da Universidade de Gotemburgo, o consumo moderado de vinho pode ser benéfico apenas para algumas pessoas e não para a população em geral. Segundo os cientistas, apenas em indivíduos portadores do gene CETP TaqIB, o consumo moderado da bebida pode ajudar a prevenir doenças cardíacas. O gene, presente em apenas 15% da população mundial, produz um tipo de proteína capaz de interagir e estimular moléculas do HDL, o bom colesterol.
“O consumo moderado de vinho por si só não é benéfico, tampouco apenas a presença do gene. Porém, ao se combinar os dois fatores, vemos que o risco de surgimento de doenças coronárias diminui significativamente”, apontou Lauren Lissner, coautora do estudo.
Baz Luhrmann, diretor de filmes como “Moulin Rouge”, “Romeu e Julieta”, “O Grande Gatsby”, lançou um sabre especial para abrir garrafas de Champagne em parceria com a loja Barneys, de Nova York. O instrumento, que custa US$ 785, foi criado por Luhrmann e sua mulher Catherine Martin, uma das grandes figurinistas de Hollywood. Um quarto dos lucros da venda será encaminhado ao Instituto Room to Read, que incentiva a leitura e a educação em países pobres. A lâmina estampa as palavras: Verdade, Beleza, Liberdade e Amor.
A atriz Kate Hudson e seu noivo, Matt Bellany, integrante da banda Muse, lançaram a versão virtual do seu vinho no jogo online Farmville. O vinho “real” do casal, chamado de Hudson Bellany, foi lançado em 2011 e agora foi vinculado à versão Farmville 2 Country Escape. “Nossos vinhos são de pequena produção, por isso achamos que combina perfeitamente com o ambiente rústico proporcionado pelo jogo, além de ser condizente com os nossos valores sustentáveis”, afirmou a atriz.
No primeiro dia de 2015, o mundo do vinho ficou chocado com a prematura morte de Serge Hochar, aos 72 anos, ocorrida durante as festas de fim de ano que ele passava no México. O proprietário do Château Musar, no Líbano, era um dos mais influentes personagens do mundo do vinho, tendo sido eleito o primeiro “Homem do ano” da revista Decanter, ainda em 1984. Nascido em 20 de novembro de 1939, ele estudou engenharia civil, mas logo partiu para o vinho, que chamava de “resposta para o mistério da existência”. Sua primeira safra foi em 1959, ainda na companhia do pai, Gaston Hochar, que havia criado o Château Musar em 1930, no vale do Bekaa, com o intuito de reestabelecer a vitivinicultura da antiguidade do Líbano. Durante as guerras civis pelas quais o país atravessou, Serge manteve a produção, arriscando sua vida. Nos 15 anos de conflito interno, de 1975 a 1990, ele perdeu apenas uma safra por falta de luz.
Uma uva, conhecida como Casanova ou Gouais Blanc, foi salva da extinção graças a um grupo de pesquisadores e voluntários suíços. Um estudo realizado há 15 anos apontou que essa espécie foi responsável por gerar muitas das variedades que conhecemos hoje, como a Chardonnay, por exemplo. Sob a liderança do geneticista Jose Vouillamoz, uma comunidade que continha esse tipo de uva se mobilizou para salvá-las da extinção em um vinhedo localizado na região de Haut-Valais, na Suíça. “Aqui é o único lugar do mundo onde a Gouais Blanc é cultivada desde a Idade Média”, apontou o especialista, que reuniu 33 pessoas para comprar o vinhedo e assegurar sua continuidade.
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