por Edgar Rechtschaffen
O bilionário russo Roman Abramovitch continua sua busca pela aquisição de uma vinícola italiana de prestígio, notadamente na região da Toscana. Em setembro último, Abramovitch esteve flertando os supertoscanos Sassicaia, Ornellaia e Lungarotti. Mais recentemente, comenta-se no mercado, teria oferecido 530 milhões de dólares pela empresa Banfi - com seu famoso castelo medieval que abriga a vinícola, que Abramovitch visitou algumas vezes. Segundo a revista Forbes, Roman Abramovitch está listado como a 21a fortuna individual do mundo, de valor estimado em 13,4 bilhões de dólares. Entre os muitos negócios de que é proprietário, incluem-se a empresa russa de petróleo Yukos, uma estação de TV e o Chelsea Football Club, da Inglaterra.
José Mourinho, o extrovertido e elegante técnico e manager do Chelsea Football Club, foi contratado pela Apcor - Associação Portuguesa de Cortiça, para estar à frente da campanha publicitária que visa promover e valorizar o uso da rolha de cortiça. A campanha, a ser veiculada em março de 2006, foi anunciada poucos dias após a divulgação da criação da International Screwcap Initiative (com forte influência neozelandesa), criada para promover o uso de tampas metálicas de rosca. A produção de rolhas de cortiça para vinho é um grande negócio em Portugal, país responsável por 50% da produção mundial.
A escolha de Mourinho deveu-se, segundo porta voz da Apcor, ao fato de ser sofisticado e ter apelo junto ao consumidor de vinho, além de ser português.
Esta nota contempla os grandes vinhos de Bordeaux, das últimas dez safras liberadas pelos Chateaux - são os rótulos que freqüentam regularmente a lista de leilões nesta categoria. A recomendação da ordem de abertura foi feita por Jancis Robinson em recente matéria do jornal Financial Times, de Londres. Eis a ordem sugerida: 1997, 1999, 2001, 1995, 1996, 1998, 2002, 2003, 2000, 2004.
Robinson justifica a escolha - restrita aos grandes vinhos de uma única região produtora - ao fato de serem os vinhos que a maioria dos leitores do FT consome, coleciona ou investe. Que chique!
Para os detentores de garrafas bordalesas das safras que incluem os meados das últimas décadas de 80 e 90, Jancis Robinson recomenda, na mesma matéria acima referida, a seguinte ordem: 1987, 1992, 1991, 1993, 1994, todas a serem consumidas imediatamente. Em seguida, 1985, 1990, 1988, 1989 e, finalmente, 1986; Jancis Robinson chama a atenção ao fato de as cinco safras estarem em seu apogeu.
E para finalizar a lista, incluído os grandes vinhos do início da década de 80, Robinson também recomenda abrir os 1983, assim como os representantes da gloriosa safra de 1982, apesar de sua grande valorização nos leilões. Inclusive o ícone Pichon Lallande 1982 que, segundo a colunista, já pode ter ultrapassado seu apogeu.
Precisa-se: enólogo com pelo menos 15 anos de experiência, preferencialmente em Bordeaux. Salário anual: US$ 177.800. Contatar Yantai Changyu Pioneer Wine, Beijing, China.
Este é um salário anual de um milhão de Yuan que, com o baixo custo de vida local, permite ao contratado fazer um bom pé de meia. A China, já posicionada como a sexta maior produtora de vinho do mundo, está contratando profissionais estrangeiros, investindo em prensas italianas e enviando seu pessoal para escolas de enologia no exterior, visando aprimorar e elevar a qualidade de seus vinhos para poder competir no mercado interno (com os importados) e no mercado externo. O anúncio acima é um claro indício das aspirações chinesas em tornar-se um competidor global.
Seu mercado atual é de US$ 3,15 bilhões, dominado por vinhos de qualidade inferior, vendidos nos supermercados a US$ 2,365 (Y 13,3). O consumo de vinho no país cresceu 79% em cinco anos, entre 1999 e 2004.