Inteligência artificial ajuda vinícolas enfrentar mudanças climáticas

Vinícolas de Napa adotam inteligência artificial para lidar com impactos climáticos

Imagem Inteligência artificial ajuda vinícolas enfrentar mudanças climáticas

por Redação

A inteligência artificial (IA) pode se tornar uma ferramenta essencial para vinícolas que enfrentam os impactos crescentes das mudanças climáticas. A avaliação é de Kia Behnia, coproprietário da Neotempo Wines, no Vale de Napa, que participou do seminário "Napa 2050: the last vintage?", realizado em Londres pela Berry Bros & Rudd.

Durante o evento, Behnia afirmou que o clima é o maior desafio enfrentado atualmente pelas vinícolas. Dizendo que o caos climático mostra que os humanos não tem controle sobre as mudanças. Assim, será necessário adotar maior precisão na gestão dos vinhedos para lidar com os impactos do aquecimento global, em conjunto com práticas agrícolas sustentáveis.

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Com formação em ciência da computação, Behnia cocriou a ferramenta Scout, desenvolvida em parceria com Mason Earles, professor assistente da Universidade da Califórnia em Davis. O sistema utiliza inteligência artificial para analisar grandes volumes de dados, incluindo imagens, e gerar informações sobre a saúde de videiras específicas.

A tecnologia permite prever rendimentos e identificar sinais precoces de doenças ou estresse térmico. Behnia compara o Scout a um “raio-X dos vinhedos”, e afirma que o objetivo é fornecer subsídios para que os produtores tomem decisões mais assertivas, respeitando a identidade e as escolhas de cada enólogo.

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Outro participante do seminário, Matt Taylor, enólogo da Ink Grade, defendeu a integração entre tecnologia e práticas sustentáveis. Com experiência em agricultura orgânica, biodinâmica e regenerativa, Taylor ressaltou que a recuperação do solo contribui para tornar as videiras mais resistentes a eventos climáticos extremos, como picos de calor.

A Ink Grade, situada na Howell Mountain e integrante do grupo Lawrence Wine Estates, adota uma abordagem flexível, adaptando-se às condições de cada safra. Segundo Taylor, o foco está em buscar equilíbrio e elegância, inspirado nos vinhos clássicos produzidos em Napa nas décadas de 1960 e 1970.

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