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Terceira edição do Decanter Wine Show comprova que os grandes produtores estão ávidos pelo mercado brasileiro. E, obviamente, o mercado está ávido pelos seus vinhos

por Redação

Sílvia Mascella Rosa
Gonzalo Gúzman, da Viña El Principal, foi um dos que esteve no evento apresentando seus vinhos

Diz-se que tudo o que é bom dura pouco. Contudo, no mundo do vinho, quando encontramos boas garrafas, buscamos sempre mais uma. No mês passado, ADEGA soltou uma nota sobre um dos grandes eventos de vinho do Brasil e cometeu um erro, talvez na ânsia de apreciar e relatar as maravilhas que encontramos em cada gole de cada novidade degustada na Decanter Wine Show. Então, para que nossos leitores não saíam prejudicados, resolvemos, além de uma tradicional errata, "revisitar" a feira ocorrida em agosto e apontar outras boas sugestões de vinhos que estavam por lá e que estão disponíveis no mercado nacional.
Aliás, existem muitas grandes feiras de vinhos no Brasil durante o ano, o que nos faz pensar que tantos eventos ao mesmo tempo cansem os apreciadores. Nada poderia estar mais longe da verdade, principalmente quando um grande ciclo se encerra com a terceira edição do Decanter Wine Show, que atraiu um número enorme de enófilos e outros tantos players do mercado, ansiosos por participar e degustar com alguns dos principais produtores do mundo, vários deles vindo pela primeira vez ao País.

Evento percorreu quatro cidades e recebeu
mais de 3,5 mil pessoas durante seis dias


Os números do evento da Decanter, que percorreu quatro cidades, impressionam: Rio de Janeiro (em 2 de agosto recebeu 700 visitantes), São Paulo (dias 3 e 4, recebeu 1700), Belo Horizonte (dia 5, recebeu 800) e Florianópolis (dia 6, com 500). Ao todo, mais de 3,5 mil pessoas se reuniram diante dos estandes de 71 consagrados produtores, escolhidos a dedo pelo proprietário catarinense Adolar Hermann.
O diferencial de um evento como esse está não somente no poder de atração da própria importadora para conseguir que enólogos (neste ano estiveram presentes 35 de todos os cantos do planeta) venham apresentar suas próprias criações em um país sem tradição vinícola, mas, sim, na diversidade de rótulos (foram mais de 500) que compõem um portfólio atraente para compradores e apreciadores.

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71 produtores expuseram seus rótulos (mais de 500) em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Florianópolis


Gladstone Campos
Vinho Júlio B. Bastos foi um dos destaques da feira

O público, cada vez mais exigente e entendido, impressiona também esses enólogos, como comentou o chileno Gonzalo Gúzman, criador e responsável pela exclusiva e enxuta linha da vinícola El Principal, em Pirque, zona central do Chile: "Andamos pelo mundo apresentando nossos vinhos, mas o Brasil sempre nos surpreende pelo nível de conhecimento dos consumidores e seu bom paladar".
Como sempre acontece nas feiras mais importantes, é preciso enfrentar um "ombro a ombro" para degustar algumas taças de nomes consagrados como a deliciosa linha de Champagnes da Barnaut, os brancos intrigantes do alemão Herman Dönnhoff, os diferenciados Côtes Du Rhône de Jean-Luc Colombo, os clássicos Tokaj da Pendits, a maravilhosa sequência de Barberas, Barolos e Barbarescos da Pio Cesare e os fantásticos Amarones de Tommaso Bussola, entre tantos outros.
Nesta terceira edição (a feira acontece a cada dois anos), a Decanter trouxe também a primeira linha de vinhos brasileiros a integrar seu portfólio, a Quinta da Neve de São Joaquim, os raros e impressionantes licores de cassis Dijona 15 e Edmond Briottet e o estupendo Armagnac da Delord. ADEGA, como sempre, esteve presente e destaca, dentre tantas preciosidades e novidades, alguns rótulos que atraíram multidões ao redor dos estandes.

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