Jamie Wynne-Griffiths, fundador da Propeller Wine, é acusado de má gestão e calote a fornecedores
Redação Publicado em 28/08/2024, às 11h00
A britânica Propeller Wine, fundada em 2020 por Jamie Wynne-Griffiths, enfrenta uma possível liquidação após acumular dívidas substanciais e ainda deixar diversos fornecedores sem pagamento.
A audiência que pode determinar o futuro da empresa ocorre hoje (28) no Tribunal Real de Justiça em Londres. O caso levanta sérias questões sobre a gestão financeira e as práticas comerciais da empresa, que no passado recente foi elogiada por sua proposta inovadora no mercado de vinhos.
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Um ex-fornecedor, que optou por não se identificar, entrou com uma petição de liquidação contra a Wild Ferment, empresa-mãe da Propeller, por uma dívida de pouco mais de £30.000.
De acordo com a revista britânica Decanter, outros fornecedores também reivindicam pagamentos atrasados, mas o número total de credores e o valor da dívida ainda não são claros.
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A Propeller Wine foi inicialmente aclamada por sua proposta inovadora de distribuição, atraindo diversos fornecedores, incluindo nomes de peso na indústria. Contudo, as relações comerciais se deterioraram rapidamente, incluindo atraso nos pagamentos, vendas lentas e pouca transparência na relação comercial.
Muitos fornecedores afirmam que, apesar de receberem confirmações de vendas, não foram pagos desde o verão ou outono de 2023 e Wynne-Griffiths teria feito várias promessas de pagamento, mas tornou-se cada vez mais evasivo. Além disso, a conta da Propeller na London City Bond foi congelada em novembro de 2023 devido a impostos não pagos, agravando a situação.
Em resposta a Decanter, Wynne-Griffiths reconheceu que a gestão das faturas e dos pagamentos foi problemática, atribuindo os atrasos a dificuldades de fluxo de caixa que se agravaram ao longo do tempo.
O caso da Propeller Wine destaca os riscos de um modelo de negócios ambicioso sem a devida gestão e controle financeiro.