Projeto da Möet & Hennessy no sopé do Himalaia conta com vinhedos em altitude extrema, entre 2.100 e 2.600 metros
André De Fraia Publicado em 23/03/2022, às 15h00 - Atualizado às 16h00
No dia 30 de março o Ao Yun 2018 será o primeiro vinho chinês a ser comercializado no sistema La Place de Bordeaux.
A vinícola é um projeto da gigante LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton SE – proprietária de marcas como Moët & Chandon, Cheval Blanc, Château d’Yquem, Veuvet Clicquot, além de inúmeras grifes de luxo – que buscou na China um terroir para produzir um vinho que pode ser reconhecido como uma bebida de classe mundial.
O local escolhido foi Ao Yun no norte de Yunnan, no sopé do Himalaia, não muito longe da própria Shangri La, área protegida pela UNESCO.
O vinho é proveniente de videiras cultivadas em torno de quatro pequenas aldeias, duas de cada lado do vale do rio Mekong. Os vinhedos estão todos em altitude extrema – entre 2.100 e 2.600 metros. Mas, significativamente, há também uma variação muito significativa de altitude entre eles, levando a grandes diferenças nas datas de colheita. Para a safra de 2018, por exemplo, as primeiras uvas foram colhidas no início de setembro e as últimas em meados de novembro.
Sendo um corte de 60% Cabernet Sauvignon, 19% Cabernet Franc, 10% Merlot, 7% Syrah e 4% Petit Verdot, o Ao Yun só leva as melhores uvas da safra. Para a 2018, a vinícola anunciou que 40% da colheita foi descartada e outros 10% utilizados em outros vinhos.
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