Arqueólogos descobrem adega de 3.700 anos

Cientistas desenterraram uma adega com 40 jarras de vinho no norte de Israel, do que afirmam ser a mais antiga do mundo

Redação Publicado em 29/11/2013, às 09h05 - Atualizado em 03/12/2014, às 08h04

Arqueólogos da Universidade George Washington fizeram uma grande descoberta ao escavar uma região ao norte de Israel, conhecida como Canaã. Lá, eles desencavaram 40 jarras de vinho bem preservadas que datavam de 3.700 anos atrás.

“Esses provavelmente não eram os vinhos correntes, do dia a dia. Provavelmente eram caros. Talvez tenham sido usados por um rei”, aponta o professor Eric Cline, um dos diretores da escavação. Os jarros foram encontrados em uma sala que aparentemente era usada como adega e análises químicas mostram que vinho era guardado lá, provavelmente um lote real, caracterizado por uma impressionante padronização de ingredientes nas jarras de 50 litros.

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Local das escavações


A adega cananeia dá pistas da evolução da produção de vinho e do consumo pela alta sociedade da época. Os cananeus provavelmente já produziam vinho desde 5.000 a.C e trouxeram vinhas do Egito através do Mediterâneo para o sul da Europa. Análises químicas revelaram certos compostos em algumas jarras, sugerindo a presença de mel, menta, canela, zimbro e resinas de árvores, mostrando que o vinho era aromatizado.

Segundo os historiadores, essa é a mais antiga adega descoberta, já que jarras de vinhos encontraads em escavações mais antigas não parecem estar vinculadas a um lugar de consumo próximo. O palácio da cidade de Tel Kabri foi usado até 1700 a.C e, diferentemente das outras ruínas mundo afora, o lugar da estocagem de vinhos estava claramente ligado à sala de jantar.

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