Órgão francês reconhece produtores que produzem “Vin Méthode Nature”
Redação Publicado em 05/10/2020, às 14h00
Enfim parece que os produtores do chamados “vinhos naturais” terão uma cartilha para se pautar. Sob o nome “vin méthode nature”, o Instituto Nacional de Origens e Qualidade (INAO), do Ministério da Agricultura da França e o Escritório de Controle de Fraudes da França reconhecem a nova denominação.
Essa cartilha foi criada por produtores em outubro de 2019 e estabeleceu uma lista de critérios à nova categoria. A estrutura espera oferecer uma definição formal para o vinho natural aos consumidores e esclarecer algumas das confusões e os termos muitas vezes confusos que o descrevem. A denominação será sujeita a um período experimental de três anos.
Para usar a denominação, as uvas devem provir de videiras orgânicas certificadas, colhidas manualmente e produzidas com leveduras indígenas. Métodos proibidos durante o processo de vinificação incluem: termovinificação, osmose reversa, pasteurização instantânea e filtração de fluxo cruzado.
É permitida a adição de até 30 mg / L de dióxido de enxofre em todos os tipos de vinho em todas as denominações, mas nenhuma adição é permitida antes ou durante a fermentação. Os vinhos em que não foi feita adição de SO2 podem ser rotulados como “método natural sem sulfitos adicionados”, enquanto aqueles com adição pós-fermentação podem usar “método natural com menos de 30 mg / l de sulfitos adicionados”.
Cada vinho acabado será submetido a uma avaliação externa controlada para determinar se está em conformidade com os regulamentos. Os vinhos que não devem ser comercializados com uma marca diferente.
Acredita-se que mais de 100 produtores franceses se inscrevam no programa “vin méthode nature” nos próximos meses, e esperam-se sistemas semelhantes em toda a Europa, em breve.
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