Há diversos modelos no mercado. Qual a melhor para degustar? É preciso ter uma para cada tipo de vinho?
Redação Publicado em 09/10/2019, às 14h00
Existem inúmeras opções de taças diponíveis. Cada uma delas pode ser usada para diferentes tipos de vinhos
O mestre cristaleiro George Riedel chegou a afirmar que deveria haver tantas taças quantos fossem os rótulos de vinho no mundo. Para ele, cada vinho tem suas caraterísticas singulares de sabor e aromas, e suas expressões máximas só são alcançadas em recipientes adequados.
A ideia é interessante e defendida por alguns produtores que chegam a desenvolver taças específicas para seus rótulos, mas os enófilos não precisam chegar a tanto.
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A “especialização” dos recipientes para beber vinho é relativamente recente. Se voltarmos no tempo, veremos que a humanidade já usou todo tipo de material e os mais diversos formatos para servir de taça. Utilizou-se desde barro, passando por cobre e outros metais até chegar ao vidro e ao cristal atualmente. O surgimento de formatos específicos para cada tipo de vinho é um fenômeno do século XX.
Com o tempo, estipulou-se, genericamente, que tintos são servidos em taças de bojo alto e largo, brancos em bojo menor e mais estreito, espumantes em bojo médio-alto e largo, mas com borda levemente mais estreita. E até hoje esse conceito é relativamente válido.
Dessa forma, todo enófilo deveria ter em casa pelo menos um jogo de taças para cada tipo genérico de vinho, a saber: tinto, branco (rosés podem ser incluídos na mesma categoria), espumante e doce (fortificados podem entrar aqui).
No entanto, ninguém precisa começar com todas as taças de uma vez. Há algumas consideradas curingas, que podem servir para todo tipo de degustação. Uma delas, a ISO (International Organization for Standardization) foi criada exatamente para isso. Ela é pequena e baixa, no formato de um ovo alongado e indicada para degustações técnicas. No entanto, atualmente, ela vem sendo cada vez menos usada, mesmo em concursos de vinho, que preferem recipientes que melhor expressem os aromas e sabores da bebida. Algum tempo atrás, as degustações de ADEGA eram realizadas em taça ISO.
Recentemente, depois de muito estudo, elegemos outra como taça oficial de nossas degustações, o modelo tinto da linha Restaurant Degustazione, da Riedel, pois ela permite uma ótima apreciação dos diferentes tipos de vinho, mantendo um padrão que permite correta e justa comparação entre os vinhos. Um modelo como este é ideal para um primeiro jogo de taças. Com o tempo, em busca das minúcias, vale a pena ir além e adquirir taças para estilos diversos – tintos encorpados e leves, por exemplo, ou ainda mais específico, como recipientes feitos para variedades de uvas distintas.
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