ADEGA separou seis dicas de como escolher um bom vinho para presentear ou curtir em casa
Vanessa Sobral Publicado em 08/12/2022, às 07h44 - Atualizado em 10/11/2023, às 13h00
Escolher que vinho comprar, no meio de tantos rótulos disponíveis no mercado, não é uma tarefa fácil. Como se não bastasse a dúvida sobre se o vinho atenderá às expectativas quanto aos sabores e aromas, ainda tem o risco de ele estar comprometido por algum defeito, ou simplesmente estar estragado.
Infelizmente o vinho não é como um eletrodoméstico, ou um carro, que podemos testar antes da compra. Em alguns casos até podemos, como em algumas lojas que oferecem uma degustação prévia de alguns rótulos, mas ainda sim não é garantido, pois cada garrafa é única.
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No entanto, existem pequenos detalhes possíveis de observar na hora da compra que podem ao menos amenizar o risco de adquirir um vinho defeituoso. Então, fique atento. E, claro, na dúvida pode sempre buscar aqui se já degustamos o vinho e nossas notas, ou aqui e verificar a dipsonibilidade do rótulo.
O vinho pode ter saído em perfeitas condições da vinícola, mas se seu armazenamento até o momento de ser bebido não for adequado, tudo pode estar comprometido. Alterações de temperatura, luz, vibração e rolha ressecada são alguns dos principais inimigos da bebida.
Procure observar se no estabelecimento de venda o vinho está protegido desses fatores. A menos que seja um ponto de venda de alta rotatividade (como supermercados, por exemplo), dê preferência às lojas que possuem ambiente climatizado integralmente.
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As garrafas devem estar dispostas horizontalmente ou inclinadas preferencialmente e ao abrigo da luz intensa. Então, em um supermercado, evite as garrafas que estão na frente da prateleira.
Mesmo sendo conservado adequadamente, outros defeitos podem surgir devido a algum problema com a rolha que comprometa a vedação do vinho. Caso a rolha não esteja cumprindo a sua função, o líquido começará a evaporar ou até mesmo vazar.
No caso dos vinhos tintos, quando observamos que a rolha está manchada ao longo de seu comprimento, até a boca da garrafa, este é um sinal de vazamento. No entanto, como geralmente existe uma capsula recobrindo a rolha, fica difícil observar se há manchas.
Então, é preciso reparar no nível da bebida. Use outras garrafas para comparar. Uma garrafa com o nível de bebida reduzido tem grandes chances de estar com problemas.
O nível da rolha deve estar sempre alinhado com a boca da garrafa, ou ligeiramente abaixo dela.
Rolhas protuberantes significam que houve um aumento de pressão dentro da garrafa, provavelmente decorrente de uma refermentação não planejada.
É normal um vinho tinto, de uma safra mais antiga, perder um pouco da coloração, assim como os brancos ficarem mais dourados, ou até mesmo tendendo para o âmbar.
No entanto, alterações de cor podem significar oxidação, principalmente em vinhos jovens. Um vinho tinto oxidado apresentará uma cor de tijolo, enquanto os brancos ficarão amarronzados.
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Apesar de comprometerem o aspecto visual do vinho, os cristais não significam um defeito. Na maioria das vezes, trata-se de um sal chamado bitartarato de potássio, que se forma naturalmente e não altera o gosto, nem os aromas do vinho.
Com certeza você já ouviu falar de vinhos que suportam 10, 20, ou mais anos de guarda. Mas isso não se aplica a qualquer vinho, nem a qualquer safra. O mesmo vinho pode ter sobrevidas diferentes, dependendo de seu ano de colheita.
Nesse caso, as tabelas de safras são muito eficientes para indicar que rótulos devem ser consumidos logo, quais podem esperar mais e quais já passaram do seu auge. Via de regra, tintos mais simples suportam até cinco anos. Os brancos um pouco menos. Além disso, é uma tendência mundial dos produtores lançar no mercado vinhos prontos para o consumo. Na dúvida, compre sempre a safra mais recente.