Com a pandemia e as restrições de viagem, as vagas para trabalho nos vinhedos não estão sendo preenchidas
Glaucia Balbachan Publicado em 13/10/2021, às 17h00
A pandemia causou uma baixa nos trabalhadores imigrantes na Nova Zelândia
Produtores da Nova Zelândia vivem uma crise. Falta mão de obra para a safra 2022.
Só na região de Marlborough são necessárias 1200 pessoas para trabalhar na próxima colheita que geralmente começa no início de março. Com menos trabalhadores estrangeiros no país devido às restrições da pandemia, a situação começa a se tornar preocupante.
“É realmente uma percepção crescente da indústria de que a colheita será feita quase inteiramente de Kiwis”, diz Matt Mitchell, gerente geral da Marisco Vineyards, utilizando o termo que os neozelandeses usam em referência a si mesmos.
Segundo os órgãos locais faltam trabalhadores para colher as uvas, operar as prensas de vinho, técnicos para atuar na vinificação e motoristas de empilhadeira de caixas de uva.
Na região de Marlborough são necessárias 1200 pessoas para trabalhar na próxima colheita
Antes da pandemia, a equipe de vinificação nessa época da safra já estaria pronta, formada tradicionalmente por jovens vindo da Europa e com formação técnica baseada em vinho, ou de famílias envolvidas na produção de vinhos.
Porém, a situação mudou com muitos trabalhadores migrantes que estavam no país durante o início da pandemia, retornando para seus países.
Devido a situação de carência de trabalhadores experientes, a Wine Marlborough disse que haverá também um grande esforço para treinar pessoas novas na indústria nesta temporada de trabalho.
O gerente geral do órgão, Marcus Pickens, diz que algumas campanhas de atração em todo o setor estão sendo planejadas, mas as empresas individuais de vinho também estão trabalhando mais do que nunca para preencher essas lacunas.
» Receba as notícias da ADEGA diretamente no Telegram clicando aqui