Família Faiveley da Borgonha compra parte de vinícola californiana Williams Selyem

Franceses buscavam um local na Califórnia para expandir seus negócios

André De Fraia Publicado em 19/01/2021, às 16h05

 

Vinhedos e a sede da vinícola californiana Williams Selyem em Sonoma

A família Faiveley adquiriu uma parte minoritária da clássica Williams Selyem, uma das grandes produtoras de Pinot Noir de Sonoma. Os atuais proprietários da vinícola californiana, Kathe e John Dyson, não informaram os valores e nem qual será a participação acionária francesa na empresa.

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“Quantas famílias existem que podem comprar algo deste tamanho e qualidade e que ainda possui grande reputação?”, questionou John Dyson em entrevista à Wine Spectator.

Os Faiveley são proprietários do Domaine Faiveley, grande vinícola borgonhesa situada em Nuits-Saint-Geroges e possuem o monopólio do emblemático Grand Cru Clos des Cortons Faiveley. No entanto, o “projeto Califórnia” dos franceses não é de hoje, “sou um admirador de longa data dos EUA, sua história, seu povo e, claro, seu vinho. Fiz minha primeira visita a Napa e Sonoma em 2000. Eu me apaixonei pelo lugar e sabia - bem esperava - que algum dia pudesse fazer parte da nossa história. ", explicou o proprietário Erwan Faiveley, sétima geração da família a gerenciar a vinícola.

Cantina do Domaine Faiveley na Borgonha

A Williams Selyem é considerada a melhor produtora de Pinot Noir de Sonoma e uma das melhores do mundo, sua história remete ao início da década de 1980, quando dois amigos iniciaram a produção de Pinot Noir na região, Burt Williams e Ed Seleyem transformaram a vinícola em uma das cults originais da Califórnia e ficaram a frente da empresa até 1998 quando venderam a propriedade para os Dyson.

Kathe e John Dyson buscavam um comprador para a vinícola há cinco anos, “estamos ambos na casa dos setenta, embora nenhum pareça ou aja como tal", brincou John e completou, "não queríamos um investimento de capital privado ou uma grande aquisição corporativa”. Por isso a conversa com os Faiveley sobre como o negócio seria fechado levou 18 meses, “este negócio tem muito a ver com as duas famílias. John e Kathe queriam ter certeza de que éramos o administrador certo para a Williams Selyem. É o bebê deles há 23 anos!", disse Erwan.

Os Dyson, no entanto, não abandonarão o negócio de imediato, o acordo prevê três anos ainda como sócios majoritários, após esse período as famílias voltarão a conversar e a parceria será reexaminada.

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