Conheça as principais regiões vitivinícolas da Espanha e descubra porque seus vinhos estão ainda melhores
Por Eduardo Milan Publicado em 31/03/2016, às 12h00 - Atualizado em 24/05/2023, às 15h00
A relação da Espanha com o vinho é antiga. Vem desde a época em que os romanos dominaram a Península Ibérica. Mas bem antes disso já havia videiras na região. De fato, há registros de que elas são lá cultivadas desde aproximadamente os anos 4.000 ou 3.000 a.C.
Durante os séculos e especialmente o período da Idade Média, a cultura do vinho sobreviveu à passagem dos bárbaros e também dos árabes, por causa de uma pequena produção para atender aos cristãos.
Quando a filoxera atingiu os vinhedos da França em meados do séculos XIX, alguns produtores migraram para a Espanha, levando consigo suas técnicas de vinificação. Mais tarde, a doença chegou à Espanha, mas se espalhou de maneira lenta, devido à distância entre as regiões produtoras.
Desde a década de 1990, porém, a indústria vitivinícola espanhola tem passado por profundas transformações – maiores do que todas as ocorridas nos séculos anteriores – e considerável processo de modernização, que não se limitou apenas ao campo, mas também incluiu toda a regulamentação do setor e hoje o país é berço de alguns dos mais prestigiosos vinhos do mundo.
A Espanha tem atualmente a maior área de vinhedos do mundo, sendo o terceiro maior produtor, ocupando a maior parte da Península Ibérica. Grande parcela do território espanhol está em um planalto central denominado meseta, situado a altitudes que variam entre 600 e 1000 metros acima do nível do mar e rodeado de cadeias montanhosas.
Os tipos de solo variam muito de uma região para outra, assim como os microclimas. Nas áreas litorâneas, percebe-se a influência marítima, com clima mais fresco e úmido; no interior do país, o clima é mais continental, com verões mais frios e invernos rigorosos. E essa pluralidade se reflete nos vários tipos de perfis de vinhos espanhóis.
Embora a maior quantidade de vinhedos plantados seja de cepas brancas – dentre as principais, Verdejo, Albariño, Xarel-lo e Viura – não se pode negar que a fama dos vinhos espanhóis está ligada às uvas tintas genuinamente espanholas, como Tempranillo, Garnacha, Monastrell, Cariñena, Graciano, Mencía e Mazuelo. Mas também se produzem muitos rótulos a partir da internacionais Cabernet Sauvignon, Merlot, Sauvignon Blanc e Chardonnay.
Merece destaque a Tempranillo, cepa emblemática do país, cultivada extensamente por todo o norte e centro da Espanha.
Com sua casca mais grossa e baixa acidez, quando plantada em áreas de clima moderado, mostra sua melhor faceta.
Seu nome vem da palavra “tempro”, que significa “cedo”, provavelmente pelo fato de que a Tempranillo amadurece antes das outras variedades. É a espinha dorsal de muitos rótulos espanhóis.
Sendo a Espanha o país com maior área de vinhedos do mundo, distribuídos por todo seu território, não é de se espantar que haja muitas áreas produtoras. Na verdade, costuma-se dividir o mapa vitivinícola espanhol em macrorregiões. São elas: La Rioja, Navarra, Aragón, Cataluña, País Basco, Galícia, Castilla y León, Castilla La Mancha, El Levante, Andaluzia, Extremadura, Ilhas Canárias e Ilhas Baleares.
DOCa Rioja é uma das mais importantes macrorregiões e foi a primeira a receber o status DOCa, em 1991. Os vinhedos estão plantados em altitudes que variam entre 500 e 800 metros acima do nível do mar.
Os solos são calcário-argilosos, com boa concentração de ferro. Rioja Alavesa fica a oeste da cidade de Logroño, na margem norte do rio Ebro. Os vinhedos estão a 800 m do nível do mar, em solos predominantemente calcário-arenosos e os vinhos lá produzidos são provavelmente os mais sutis e elegantes de Rioja. Os climas em Rioja Alta e Rioja Alavesa são bastante similares. Devido à influência do Atlântico, não ocorrem temperaturas extremas típicas de climas continentais.
Já em Rioja Baja, a leste de Logroño e na margem sul do Ebro, o clima é mais continental, com verões quentes e invernos rigorosos. Os solos são bastante argilosos e chove muito pouco. A principal cepa cultivada é a Garnacha e os vinhos da região costumam ter menor potencial de guarda do que aqueles produzidos em Rioja Alta e Rioja Alavesa. Mais recentemente, tem se plantado mais vinhedos de Graciano, que amadurece bem no verão da Rioja Baja, para ser usada em blends com uvas Tempranillo vindas de Rioja Alta e Rioja Alavesa.
Tradicionalmente, os produtores de Rioja definiam seus vinhos pelo blend e pelo uso da madeira, com estágio em barrica por períodos mais longos do que os estabelecidos nacionalmente. A partir da década de 1970, os vinhos de Rioja passaram a ser produzidos com longos períodos de maceração, seguidos de estágios mais curtos em madeira. Além disso, o anteriormente mais usado carvalho americano tem sido substituído pelo francês sistematicamente. Atualmente, a tendência é produzir varietais e mesmo vinhos feitos com uvas de vinhedo único, pois o foco tem se depositado em mostrar a personalidade da uva e do vinhedo em si, ao invés de técnicas de fazer bons blends. Riojas mais modernos já apresentam traços mais frutados e são mais influenciados pelas barricas de carvalho francês.
Principais produtores: Finca Allende, Artadi, Luis Cañas, CVNE, Ijalba, LAN, Lopez de Heredia, Martínez Bujanda, Muga, Marqués de Murrieta, Palacios Remondo, Pujanza, Remelluri, La Rioja Alta, Marqués de Riscal, Roda, Benjamin, Romeo, Señorio de San Vicente, Sierra Cantabria, Marqués de Tomares e Dinastía Vivanco.
Navarra, situada entre os Pirineus e o rio Ebro, é normalmente conhecida pelos vinhos rosados produzidos a partir de Garnacha. Entretanto, mais recentemente, tem-se produzido muitos tintos, fazendo com que a Tempranillo assumisse o posto de cepa mais plantada na região. Brancos à base de Chardonnay e Viura também se destacam.
Principais produtores: Julián Chivite, Guelbenzu, Viña Magaña, Ochoa, Pago de Cirsus, Bodega Sarría e Valcarlos.
Aragón é originalmente uma região de produção de vinhos rústicos e artesanais, a história da região começou a mudar a partir do desenvolvimento das sub-regiões: Somontano, Cariñena e Catalayud. Estas duas últimas são DOs vizinhas, com clima continental e baixos índices pluviométricos. Embora a Garnacha seja ainda a casta mais cultivada, seus Consejos Reguladores têm incentivado o maior uso de Tempranillo, especialmente na produção de vinhos Crianza e Reserva. Curiosamente, a cepa Cariñena é pouco plantada na região de mesmo nome. Somontano, por sua vez, apresenta uma série de microclimas e a quantidade de chuvas é maior. No final dos anos 1980, ganhou status de DO, produzindo tintos, brancos e rosés de bom custo.
Os desenvolvimentos recentes em Rioja, Navarra e Aragón fizeram com que a área ficasse conhecida como “Alto Ebro” e se colocasse na vanguarda da vitivinicultura espanhola.
Principais produtores: Alto Moncayo, Blecua, Enate e Pirineos
Situada no norte do país, a Cataluña é a macrorregião com maior número de DOs da Espanha. Entre as mais importantes estão Costers del Segre, Montsant e Penedès, além de acolher a DOCa Priorat, a segunda DOCa reconhecida no país. No final dos anos 1980, um grupo de cinco vitivinicultores pioneiros – Clos Mogador, Clos de l’Obac, Clos Dofi, Clos Martinet e Clos l’Ermita – estabeleceu-se no vilarejo de Gratallops, e cada um deles adquiriu terras e reconstruiu seus vinhedos, passando a produzir tintos de um estilo novo – quase negros, encorpados e concentrados – que agradou em cheio os paladares do mundo, fato que, aliado à pequena produção, fez com que esses vinhos alcançassem alto valor no mercado, atraindo mais investimentos para a região.
Principais produtores do Priorat: Cal Grau, Cims de Porrera, Celler D L’Encastell, Clos Dominic, Clos Erasmus, Clos Figueras, Clos Mogador, Costelrs del Siurana, Dits del Terra, Ferrer Bobet, L’Infernal, Marco Abella, Mas Doix, Mas d’en Gil, Mas Martinet, Alvaro Palacios, Vall-Lach e Terroir Al Limit.
Principais produtores de Cava: Codorníu, Freixenet, Gramona, Juvée y Camps, Raventós e Segura Viudas.
Principais produtores da Catalunha: Abadal, René Barbier, Can Rafols del Caus, Celler de Capçanes, Castell del Remei, Cérvoles, Tomás Cusiné, Laurona, Jean León, Raïmat, Torres e Jané Ventura.
O País Basco é a macrorregião que fica na parte mais setentrional da Espanha. A individualidade da região – conhecida por seus manifestos pela independência do restante do país – acaba por se manifestar também no vinho produzido no local. O chamado Txakolí tem características únicas, muito distintas do que se conhece como vinho espanhol. Normalmente é consumido como aperitivo ou acompanhando frutos do mar. Por exemplo, o Txakolí apresenta gás residual, semelhante ao do Vinho Verde português. As fagulhas são conhecidas como tximparta. As uvas usadas na sua produção são próprias da região, especialmente a branca Hondarribi zurri e a tinta Honsabirri beltza. As DOs mais importantes são Txakolí de Guetaria e Txakolí de Viscaya.
A Galícia – região de condições geográficas ímpares, por estar próxima ao oceano Atlântico e ao mar Cantábrico e cercada pela cordilheira Cantábrica e, assim, receber maior umidade e isolamento –, é dividida em cinco DOs: Monterrei, Ribeira Sacra, Ribeiro, Valdeorras e principalmente Rías Baixas, onde brancos jovens, frutados e bastante aromáticos têm sido produzidos a partir, principalmente, de Albariño.
Principais produtores: Dominio do Bibei, Fillaboa, Galegas, Lagar de Fornelos, Martiín Codax, Gerardo Méndes, Viña Nora, Palacio de Fefiñanes, Pazo Señorans e Santiago Ruiz.
A macrorregião de Castilla y León situa-se no centro-norte da Espanha. Por ela, passa o rio Duero – o mesmo que em Portugal recebe o nome de Douro. É uma área bastante relevante no país, tanto historicamente quanto para a indústria do vinho. Isso porque, dentre suas sub-regiões, estão as DOs Ribera del Duero, Rueda, Toro e Bierzo.
A DO Ribera del Duero é provavelmente a mais importante das denominações espanholas. É protegida de qualquer influência marítima por uma cadeia de montanhas. O solo é calcário-arenoso. Está localizada na parte mais alta da meseta, com alguns vinhedos a 850 metros de altitude, o que garante noites frias durante o ano todo, mesmo no verão, quando a amplitude térmica pode chegar aos 20ºC. Quem muito se beneficia dessas diferenças de temperatura é a Tempranillo, vedete local, presente em blends e personagem única da maioria dos melhores tintos da região. A Garnacha, por sua vez, é usada principalmente nos rosés.
Até o início dos anos 1980, o potencial da região era pouco explorado e a área era mais conhecida por seu produtor mais ilustre, Vega Sicília. A partir de novos investimentos e do trabalho de enólogos jovens, viu-se um salto na quantidade e qualidade dos tintos lá produzidos.
Um detalhe importante é que o status DO Ribera del Duero só vale para tintos e rosados. Outro é que as castas Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot são permitidas na DO por influência do Vega Sicília, que tem vinhedos antigos dessas cepas. O clone de Tempranillo cultivado em Ribera del Duero é conhecido no local como Tinto Fino e tem as cascas mais grossas, resultando em vinhos mais tintos e com taninos mais adstringentes do que os vistos em vinhos do Rioja, por exemplo.
Principais produtores: Aalto, Alión, Alonso del Yero, Dominio de Atauta, Cillar de Silos, Condado de Haza, O. Fournier, Hacienda Monasterio, Emilio Moro, Pago de Capellanes, Pago de Carraovejas, Viña Pedrosa, Pesquera, Dominio de Pingus, Protos, Rodero, Sastre, Telmo Rodriguez, Vega Sicilia e Finca Villacreces.
Também em Castilla y León, a 700 metros do nível do mar, está a DO Toro, que passa atualmente pelas mesmas mudanças que se viu tempos atrás na vizinha Ribera del Duero. Os climas das DOs são similares, assim como o clone de Tempranillo cultivado nas duas áreas – em Toro, leva o nome de Tinta de Toro. Em Toro, a DO vale para tintos, rosados e brancos, ainda que esses dois últimos sejam produzidos em pequena quantidade. Os tintos são potentes e apresentam maior teor alcoólico devido aos longos períodos de insolação e ao fato de que as uvas são tradicionalmente colhidas bem maduras.
Principais produtores: François Lurton, Maurodos, Elías Mora, Numanthia Thermes, Pintia, Rejadorada, Sobreño e Vega Sauco.
Entre Toro e Ribera del Duero está a DO Rueda. O que a difere das vizinhas é o fato de que seu foco principal está na produção de brancos. Historicamente, em Rueda se produzia vinhos no estilo de Jerez. Com a modernização, apoiados no clima continental e no solo calcário do local, iniciou-se a produção de brancos mais leves e frutados. A mais tradicional casta de Rueda é a Verdejo, que dá vinhos elegantes, aromáticos e de boa acidez. A Sauvignon Blanc também é importante na região. Tanto Verdejo quanto Sauvignon Blanc podem ser vinificadas e engarrafadas como varietais, entretanto, os blends da DO devem sempre conter 50% de Verdejo.
Principais Produtores: Gótica, Naia, Ossian, Palacio de Bornos e Yllera.
Na DO Bierzo, já na fronteira com a Galícia, produzem-se predominantemente vinhos tintos. O clima é mais quente que o da Galícia, embora a região ainda se beneficie da frescas brisas marítimas. A principal cepa é a Mencía, que se acreditava ser capaz de dar apenas vinhos mais diluídos. Entretanto, assim como aconteceu no Priorat, um grupo de jovens produtores, aproveitando vinhas velhas existentes no local e utilizando melhores técnicas de cultivo e vinificação, têm produzido rótulos mais concentrados, com boa fruta e intensidade aromática, balanceadas com boa acidez natural.
Principais produtores: Castro Ventosa, Descendientes de J Palacios, Pittacum e Dominio de Tares.
Da região mais central do país, onde o clima é continental ao extremo, sem qualquer influência marítima, com baixo índice pluviométrico, verões com temperaturas próximas a 40oC e invernos em que os termômetros chegam normalmente abaixo de 0oC, vem quase 50% do total de litros de vinho produzidos anualmente na Espanha. Trata-se de Castilla La Mancha. Nessa macrorregião estão as DOs La Mancha e Valdepeñas, entre outras.
La Mancha é a maior DO do país e a maior área vitivinícola contínua do mundo, abrangendo 182 municípios, divididos em quatro províncias: Albacete, Ciudad Real, Cuenca e Toledo. Devido às condições extremas do clima, a valente branca Airén se adaptou bem ao local, tornando La Mancha “a casa da Airén”. No entanto, essa cepa não é das mais ambiciosas. Normalmente, parte do vinho obtido a partir dela acaba por ser destilado para a produção de brandy de Jerez. Assim, é natural que, nos últimos anos, seguindo a orientação do Consejo Regulador, as áreas de Airén estão sendo substituídas por vinhedos de Tempranillo – que, em La Mancha, leva o nome de Cencibel –, além de Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah e até mesmo Chardonnay e Sauvignon Blanc. Desde que o mercado internacional reconheceu o potencial da DO, novas técnicas de vinificação foram implementadas. As vinícolas se modernizaram e focaram em produzir vinhos para agradar o consumidor. Com isso, por exemplo, as uvas brancas passaram a ser colhidas mais jovens, fator determinante para a obtenção de vinhos com acidez mais fresca e menor teor alcoólico. A utilização de tanques de aço inoxidável – com controle de temperatura, inclusive – é onipresente. Os tintos produzidos na região têm se mostrado predominantemente frutados, encorpados, frescos e aromáticos.
La Mancha foi o local onde a onda de “Vinos de Pago” de alta qualidade surgiu. Ainda hoje a maioria das propriedades que ostentam o status Vino de Pago está na região.
Principais produtores: Alto Landon, Finca Antigua, Vinícola de Castilla, Dehesa de Carrizal e El Vínculo
A DO Valdepeñas fica imediatamente ao sul de La Mancha. Compartilha do clima de sua vizinha, mas tem construído sua boa reputação graças à produção de vinhos de qualidade superior, geralmente varietais de Tempranillo ou blends desta com cepas internacionais.
Principais produtores: Llos Lanos, Bodegas Real, Félix Solís
A macrorregião de El Levante situa-se ao sul da Cataluña, já na costa do Mediterrâneo. As principais DOs locais são Valência, Jumilla e Yecla. A DO Valência, antigamente exportadora de vinhos simples, recebeu investimentos significativos nos últimos anos, tanto em seus vinhedos quanto em suas vinícolas. Com isso, atualmente ostenta a imagem de região produtora de tintos e brancos descomplicados, de boa relação qualidade-preço. Novamente, o Consejo Regulador tem estimulado a replantação de Tempranillo. A variedade branca mais cultivada é Merseguera, ainda que haja muitos vinhedos de Muscat de Alexandria, a partir da qual se produz o Moscatel de Valência, fortificado branco bastante perfumado.
Um pouco mais para o interior estão a DO Jumilla e a DO Yecla, regiões que, a exemplo de Valência, também têm passado por grandes mudanças. A principal cepa cultivada é a Monastrell, com a qual se produz vinhos encorpados e frutados.
Principais produtores: Rafael Cambra, Casa Castillo, Castaño, Gandía, Juan Gil, Finca Luzón, Agapito Rico, Sierra Salinas e El Nido.
Assim como Portugal, que produz o Vinho do Porto, a Espanha também tem seus fortificados, vindos principalmente da macrorregião de Andaluzia, no sudoeste do país. Naquela área, o clima é mediterrâneo – com invernos amenos e verões quentes – e o solo do tipo “albariza”, caracterizado pela cor branca e a composição calcária, com elementos orgânicos de origem marítima. O mais conhecido deles certamente é o Jerez, feito na DO Jerez, embora a DO Montilla-Moriles – com seu Montilla, bem semelhante ao Jerez – e a DO Málaga – já em declínio – também produzam fortificados próprios.
O Jerez é um vinho fortificado, feito a partir de uvas Palomino, Pedro Ximenez e, em menor escala, Moscatel. Caracteriza-se por seu método de produção: a adição do álcool vínico não ocorre durante a fermentação, mas sim após a conclusão da fermentação. Assim, o resultado da fortificação não é necessariamente um vinho com alto teor de açúcar. De fato, os tipos de Jerez são: Fino, Amontillado, Oloroso, Palo Cortado, La Manzanilla, Cream, Moscatel e Pedro Ximenez, sendo este último um produto doce, extremamente aromático e saboroso.
Principais produtores: Fernando Castilla, Emilio Lustau, Bodegas Tradicion, Pedro Domecq, Gonzáles Byass, Hidalgo, Osborne e Valdespino.