Itália tem destaque na produção de vinho na Europa em 2024

Todas as regiões da Europa terão queda na produção de vinho este ano, exceto a Itália

Redação Publicado em 14/10/2024, às 10h00

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As previsões para a vindima de 2024 na Europa indicam uma ligeira queda na produção de vinho, com uma redução de 1% em relação ao ano anterior. O volume ficará 7% abaixo da média dos últimos cinco anos.

Os dados foram apontados pelo Relatório sobre as Perspectivas de Curto Prazo para os Mercados Agrícolas da União Europeia (UE), publicado pela Comissão Europeia. Além da queda na produção, tanto o consumo de vinho quanto as exportações mantêm uma tendência de queda este ano.

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A Itália, no entanto, se destaca de seus concorrentes, com um aumento previsto de 7% na produção de vinho em comparação à última safra, embora os volumes ainda estejam abaixo da média quinquenal.

Segundo o relatório, o clima seco no sul do país pode limitar a produção, mas a ausência de doenças, como observado na Sicília, contribui para a expectativa de vinhos de boa qualidade. No norte, o clima úmido pode resultar em infecções fúngicas em algumas regiões.

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Na Espanha, a recuperação da região de Castilla-La Mancha, fortemente afetada por seca e altas temperaturas no ano anterior, aponta para um retorno aos níveis médios de produção.

Na França, as estimativas indicam uma redução na produção em grande parte das regiões vinícolas, com uma queda de 10% em relação à média dos últimos cinco anos. As infecções fúngicas, provocadas por clima chuvoso, e as chuvas de granizo na primavera são os principais fatores que explicam essa diminuição.

Na Alemanha, espera-se uma colheita de boa qualidade nas principais regiões produtoras. Contudo, algumas áreas do leste do país foram fortemente impactadas por geadas na primavera, resultando em perdas de até 80%. No total, o volume produzido deve ser 6% inferior ao do ano passado. Em Portugal, a produção pode cair cerca de 3%, principalmente nas regiões vinícolas do Douro, Lisboa e Alentejo.

Os mercados agrícolas da UE apresentam sinais de estabilização, com a queda dos custos de insumos nos últimos meses e a inflação alimentar retornando a níveis moderados. Esse cenário pode gerar uma melhora na demanda por produtos agroalimentares em diversos setores. Entretanto, as incertezas relacionadas a eventos climáticos, conflitos geopolíticos e doenças que afetam animais e plantas continuam presentes.

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