Pesquisa mostra que redução do consumo de álcool de pesado para moderado melhora significativamente a saúde do coração
Redação Publicado em 04/11/2024, às 11h46
Décadas de pesquisa têm mostrado que pessoas que consomem álcool de forma leve a moderada tendem a ter melhor saúde cardiovascular em comparação com abstêmios. Entretanto, esse benefício desaparece rapidamente quando o consumo aumenta para níveis altos.
Um novo estudo, no entanto, sugere que pessoas que reduzem o consumo pesado para moderado podem obter benefícios significativos para a saúde, especialmente no que diz respeito à saúde do coração.
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O estudo, publicado na “JAMA Network Open”, analisou dados de aproximadamente 21.000 participantes, majoritariamente homens, do banco de dados do Serviço Nacional de Seguro de Saúde da Coreia.
Os participantes tinham entre 40 e 79 anos e forneceram informações através de questionários autorrelatados. Os pesquisadores definiram consumo pesado como mais de quatro drinques por dia ou 14 por semana para homens e mais de três drinques por dia ou sete por semana para mulheres.
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A pesquisa comparou hábitos de consumo de álcool e desfechos de saúde cardiovascular dos participantes ao longo de dois períodos consecutivos de três anos. Durante um acompanhamento de 10 anos, descobriu-se que aqueles que reduziram seu consumo de álcool experimentaram uma redução de 29% no risco de doença arterial coronariana e uma diminuição de 23% no risco de todas as formas de doenças cardiovasculares. As reduções mais notáveis foram em angina e acidente vascular cerebral isquêmico, com uma queda de 34% no risco de AVC isquêmico.
Os benefícios de reduzir o consumo de álcool de pesado para moderado aumentaram com o tempo.
Aproximadamente três anos após a redução do consumo, os participantes que reduziram o consumo começaram a ver uma diferença crescente no risco de problemas cardíacos em comparação com aqueles que continuaram bebendo pesadamente. Isso indica que os benefícios cardiovasculares de reduzir o consumo de álcool se acumulam ao longo do tempo.
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Uma das principais forças do estudo foi examinar mudanças nos hábitos de consumo de álcool ao longo do tempo, ao invés de medir o consumo em um único ponto. Além disso, o estudo controlou distintas variáveis, como idade, gênero, atividade física e renda, e excluiu abstêmios para evitar o “efeito de ex-bebedores doentes”, proporcionando uma comparação mais precisa entre os grupos.
Apesar de limitações, os pesquisadores afirmam que a redução do consumo de álcool em pessoas que bebem pesadamente está potencialmente associada a amplos benefícios cardiovasculares.