O mestre italiano da vinícola Marcarini produziu uma safra histórica de Barolo em 1964
Redação Publicado em 17/06/2016, às 14h00 - Atualizado às 14h12
O conhecido enólogo italiano Elvio Cogno faleceu nesta semana, aos 79 anos, após complicações criadas por sua diabete. Elvio trabalhou como mestre de adega na vinícola Marcarini entre 1960 e 1990, quando decidiu criar sua própria produtora também na região de Piemonte.
Quando jovem, Cogno trabalhou com seu pai no restaurante all’ Angelo na cidade de La Morra. Lá, conheceu Giuseppe Marcarini, dono da Marcarini, que estava à procura de um mestre de adega. Elvio nunca tinha feito vinho antes, mas este era um de seus sonhos.
O jovem se candidatou para ser mestre de adega da vinícola sem receber nenhuma remuneração. Sua primeira safra de sucesso foi em 1964, considerada uma grande colheita em Barolo, comuna de Piemonte, produzido a partir dos vinhedos Brunate. O rótulo tornou-se lendário e foi um dos primeiros Barolos a receber o Cru na denominação.
Em 1990, o enólogo decidiu realizar um de seus grandes sonhos, o de possuir sua própria vinícola. Gogno comprou uma propriedade em Piemonte, na comuna de Novello no meio do Cru de Ravera, que deu nome aos seus vinhos. Seu genro, Valter Fissore, se tornou seu sócio e continua a produzir os Ravera, administrando a propriedade até hoje com a filha do Elvio, Nadia Cogno.
‘’Elvio era um grande professor e sua memória irá viver para sempre em nossas palavras e em nossos atos’’, disse Fissore. ‘’O maior legado que ele deixou foi nossa adega que construímos juntos ao longo de 20 anos na Ravera de Novello’’, acrescentou.