Está na hora de escolher o melhor vinho laranja para conhecer e apreciar, não fique de fora!
Sílvia Mascella Publicado em 30/04/2024, às 08h00
Mais do que moda, o vinho laranja é o resgate de uma herança histórica, de um tempo longínquo quando a ciência da vinificação estava em seus primórdios e todas as uvas, independentemente da cor da casca, eram deixadas para fermentar junto do mosto (suco).
Com a evolução das técnicas de produção, milênios depois, quem fazia vinho descobriu que separar as cascas das uvas brancas depois da prensagem garantia um vinho mais fresco, leve, mais doce e fácil de beber, e que as uvas tintas – ao contrário – ganhavam sabor, intensidade e longevidade quando o mosto ficava em contato com as cascas. É onde eles se separam na história e durante algum tempo os vinhos laranjas parecem desaparecer.
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Mas alguns locais nunca deixaram completamente de fazer o vinho branco em contato com as cascas, que lhe dá uma coloração mais intensa. Com algumas uvas e com processos de maior maceração, a coloração final do vinho está mais próxima da cor laranja ou do âmbar. Países como a Eslovênia, Croácia e a Geórgia – a nação onde o vinho nasceu, segundo os mais antigos registros históricos encontrados -, seguem fazendo esse estilo de vinho há séculos.
No paladar o vinho laranja pode ser uma surpresa, pois as cascas das uvas são uma das fontes dos taninos, portanto esses vinhos tendem a ter uma carga tânica maior, o que pode ser estranho a princípio, mas que permite muitas combinações à mesa. Os aromas, em geral são intensificados e podem perder um pouco do frescor, ganhando notas de especiarias e frutas mais doces. Eles costumam ter bom corpo e harmonizar com sabores intensos como carne de cordeiro, paella, pato assado, risotos com aspargos ou com queijos mais fortes e até os adocicados. Veja abaixo a seleção degustada por ADEGA e escolha seus rótulos.