Saindo em defesa da legitimidade do consumo moderado de vinho, o espanhol Pedro Ferrer é o novo presidente da FEV
Sílvia Mascella Publicado em 12/04/2024, às 08h00
Tomou posse, no última quarta-feira 10 de abril em Madrid, o novo presidente da FEV (Federação Espanhola do Vinho) que estará à frente da entidade até 2027. O eleito foi Pedro Ferrer, que é CEO e vice-presidente do Grupo Freixenet. Ele passa a ocupar o lugar de Emilio Restoy, das Bodegas Rámon Bilbao.
A Federação Espanhola do Vinho congrega mais de 950 vinícolas de toda a Espanha e foi criada em 1978, para representar e defender os interesses dos produtores, potencializando o comércio de vinhos do país em todo o mundo.
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Em seu discurso de posse na assembléia geral da entidade, Pedro Ferrer destacou as propostas e os desafios de sua nova gestão, num momento tão delicado para os vinhos no mundo, focando no fato de que a indústria do vinho na Espanha está profundamente arraigada na cultura e na economia do país: “Está em jogo a legitimidade do consumo moderado de vinho e devemos defendê-la”, disse Ferrer.
Presente no evento, o Ministro da Agricultura da Espanha, Luis Planas, escutou o pedido público do novo presidente da FEV para que o setor seja defendido, não apenas no nível federal como também frente à Comunidade Econômica Européia, e frente aos organismos internacionais que questionam a legitimidade do consumo moderado de vinho.
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“É fundamental que tanto na Espanha quanto na Europa a agricultura volte a ser tratada como uma política estratégica”, afirmou Ferrer, defendendo a importância de políticas ambiciosas em relação ao meio ambiente, à sustentabilidade, às questões climáticas, mas reforçando que essas políticas precisam ser tratadas com seriedade, e sem a criação de obstáculos e entraves burocráticos que ponham em risco a competitividade e as possibilidades de desenvolvimento da vitivinicultura do país.