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Pesquisa mostra quais os mercados mais “chauvinistas” do mundo

Redação Publicado em 26/09/2020, às 13h00

 

Uma pesquisa interna do site Wine Searcher, uma das maiores redes de busca de varejistas ao redor do mundo, quis analisar o que consumidores de cada país buscam em sua plataforma e o que os seus lojistas oferecem. E curiosamente, dos 11 países analisados (Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Portugal, Chile, Argentina, Austrália, Espanha e Nova Zelândia) apenas quatro mostraram que seus consumidores buscam produtos locais em primeiro lugar.

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Entre os usuários franceses do site, mais de 85% de todas as pesquisas são para vinho francês, uma porcentagem muito superior a qualquer outra. Os varejistas da França são ainda mais “chauvinistas”, com 90,42% de todas as ofertas na França representadas por vinhos locais.

Esses varejistas não são, no entanto, os mais nacionalistas. Essa posição ficou com o Chile, onde 93,38% de todos os vinhos oferecidos são locais. E isso reflete um pouco o menor interesse pelos vinhos importados, já que 62,1% de todas as pesquisas no Chile são para vinhos chilenos. Já os comerciantes da Argentina oferecem 91,42% de vinhos locais em seu portfólio, mas só 43,5% dos consumidores argentinos buscam por eles.

Nos Estados Unidos, os comerciantes os vinhos norte-americanos representam 43,67%. e apenas 36% das buscas são feitas por esses vinhos, com a França levando uma parcela semelhante e a Itália um pouco atrás em terceiro lugar. Curiosamente, sabe-se por outras pesquisas que 67% dos vinhos consumidos nos Estados Unidos são locais.

Cerca de 81% dos vinhos oferecidos por varejistas italianos são nacionais, embora as pesquisas apontem que 59,75% dos seus consumidores procurem por vinhos locais. Na Austrália e Portugal os vinhos domésticos respondem por 61,5% e 88,3% das ofertas, respectivamente, enquanto as pesquisas significam 56,7% e 52,3%, respectivamente.

Os enófilos da Espanha estão procurando apenas 33,7% das vezes vinhos locais enquanto 70% dos rótulos oferecidos são domésticos. Na Nova Zelândia 64% das pesquisas são para vinhos de fora e apenas 50% dos rótulos oferecidos são provenientes de fora da Nova Zelândia (a maioria é da Austrália).

O mais interessante de todos os mercados internacionais de produção de vinho é a Alemanha. Lá, apenas 18,75% dos vinhos listados pelos varejistas são alemães e só 6,15% de todas as buscas foram feitas em vinhos nacionais.

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