O maior diferencial esse ano foi despedir-se de muitos produtores não com votos de até 2023, mas de até setembro na ProWine São Paulo
Christian Burgos Publicado em 25/05/2022, às 11h40
Depois de dois anos sem feira, a ProWein voltou. Ao todo, 5.700 expositores de 62 países e público de 38.000 profissionais do vinho de 145 países passaram pelos corredores do mais tradicional evento do calendário do vinho.
O ritmo da Covid na Alemanha levou a feira a ser prorrogada excepcionalmente para maio, com o sol e anoitecer após as 20:30 horas, que contrastou muito com a neve e frio tão comum em outras edições.
A sensação andando pelos corredores mais amplos desta edição foi da presença de menos americanos e a quase total ausência de chineses, normalmente muito numerosos. Por outro lado, a presença de brasileiros bateu recorde com crescimento de 27% com relação a 2019. Eram proprietários e CEOs de importadoras com suas equipes, consultores, varejistas e alguns produtores do Brasil.
O ritmo de reuniões era alucinante com muitos deles chegando pontualmente as 9 horas da manhã para primeira reunião, e seguindo até as 18:30 sem pausa para almoço, apenas para sair e ir a um dos muitos jantares com produtores que permeavam Düsseldorf. Eram reuniões com produtores que já estão em portfólios, negociação final com novos produtores e, se desse tempo, explorar novidades.
Para estes visitantes a feira representa a possibilidade de fazer uma dezena de viagens pelo mundo em apenas 3 dias. O que foi diferente nesse ano foi despedir-se de muitos produtores não com votos de até 2023, mas de até setembro na ProWine São Paulo.