Filoxera é estudada desde os século XIX e ainda não há uma forma de se livrar da praga
Redação Publicado em 19/10/2020, às 13h00
Um novo estudo, publicado na revista BMC Biology, lança luz sobre as origens e a propagação da filoxera e fornece uma análise detalhada da sequência do genoma do inseto, o que pode ter implicações mais amplas em seu manejo no vinhedo daqui para frente.
O inseto se alimenta das raízes da videira, restringindo a absorção de nutrientes e água e danificando a planta, deixando-a vulnerável a infecções. A videira fica enfraquecida e acaba morrendo. Desde que foi identificada, os viticultores controlaram a praga enxertando videiras em porta-enxertos americanos, que evoluíram para serem resistentes ao inseto.
O estudo observa que a filoxera encontrada na bacia do rio Mississippi, alimentando-se de vinhas selvagens de vitis riparia, “provavelmente foi a principal fonte da invasão à Europa”. A propagação subsequente do inseto para partes da América do Sul e oeste da Austrália “foi o resultado de introduções secundárias de fontes europeias”.
A análise da sequência genômica do DNA nuclear da filoxera encontrou um total de 2.700 genes, a maior família de genes já identificada em um genoma. Os pesquisadores acreditam que o grande número de genes é essencial para a interação entre a filoxera e as videiras.
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