A vitivinicultura natural é realizada com a mínima intervenção química possível
Redação Publicado em 05/10/2019, às 13h30 - Atualizado às 13h32
Vitivinicultura natural é teoricamente possível em qualquer lugar, mas França e Itália lideram atualmente. Isso talvez porque as mais antigas regiões vinícolas têm as mais longas histórias do povo trabalhando com a natureza, para o bem ou para o mal.
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“Os austríacos, alemães e alsacianos são brilhantes na viticultura e entendem os princípios biodinâmicos e orgânicos”, aponta a Master of Wine Isabelle Legeron. “Mas eles ainda têm muito SO2 e nível de sulfito nos vinhos, e isso é um problema cultural – eles acham que precisam controlar a fermentação para permitir o açúcar residual e bloquear a malolática. A Espanha está acordando e há muitos pequenos produtores que estão começando a se voltar para práticas tradicionais”.
Enólogos do novo mundo têm sido mais vagarosos para abraçar a viticultura natural, mesmo onde vinhedos são orgânicos; a produção tende a ser mais mecanizada e científica do que na Europa. Mas Isabelle detecta que a mudança está a caminho em partes da Califórnia e Austrália.
“Pessoas como Jasper Hill, na Austrália, que não usa irrigação, acredita que, se a vinha sobrevive, ela sobrevive e se não, não, e talvez ela não mereça estar lá a princípio”, ela diz. “Contudo, se você pode fazer vinho naturalmente em Champagne ou em Barossa, pode fazer em qualquer lugar”.
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