Com sabores, aromas e perfis variados, cada água é indicada para acompanhar um tipo de vinho
Paula Daidone Publicado em 22/03/2023, às 13h20
Mesmo aprendendo na escola que água é uma substância incolor, inodora e insípida, há diferenças entre os tipos de água disponíveis no mercado. Com sabores, aromas e perfis variados, cada água é indicada para acompanhar um determinado tipo de vinho.
A água contém sais minerais naturais (como sódio, bicarbonato, cálcio, fosfato, magnésio e potássio) que dão sabor, corpo e personalidade ao líquido. Esses sais compõem o TDS (Total dos Sólidos Dissolvidos ou Resíduo de Evaporação) um índice que mede a quantidade dessas substâncias dissolvidas no líquido. É através dele que identificamos a água ideal para cada tipo de vinho.
Também chamado de índice de mineralidade, o TDS varia de zero a mais de 1500 mg/L. Quanto mais perto do zero, mais leve é a água. Então, para que não haja interferência, é importante que a água tenha um TDS compatível ao corpo do vinho: um vinho leve pede por uma água com pouco resíduo, já um vinho intenso precisa de uma água com alta mineralidade. A lógica também se aplica à comida: pratos leves, água com TDS baixo, pratos mais pesados, água dom índices maiores.
É importante ressaltar que esse índice é medido apenas em água mineral, líquido produzido unicamente pela natureza e engarrafado na fonte, sem sofrer nenhuma modificação. As filtradas, purificadas e saborizadas passam por processos que alteram as características naturais.
Em uma degustação, deixe de lado esse tipo de água, assim como as gaseificadas. A água com gás, mesmo que natural, lava em excesso a boca, acabando com o sabor do vinho. Isso se agrava no espumante. As borbulhas da água com gás, por serem muito mais agressivas que as do espumante, destoem o perlage do vinho. Evite também água filtrada em uma degustação, pois são tratadas com cloro, uma substância extremamente forte que interfere nos aromas e sabores do vinho.