Tempranillo, a tinta clássica ibérica superou a Airén em plantio em 2021 e se tornou a uva mais plantada da Espanha
Silvia Mascella Rosa Publicado em 15/03/2022, às 08h19 - Atualizado às 10h00
O país que mais produz uvas em todo mundo parece pensar apenas naquilo: Tempranillo, essa variedade tinta autóctone da Espanha é a razão da fama do país em todo o mundo.
Cultivada praticamente em todos os terroir do país, sua origem é incerta, mas alguns documentos do século 16 apontam que ela teria se desenvolvido nas regiões de La Rioja e Navarra, enquanto outros estudiosos apontam que ela teria sido trazida da região da Borgonha através do Caminho de Santiago, pelos monges que faziam a peregrinação.
No último relatório sobre cultivo do MAPA (Ministério de Agricultura, Pesca e Alimentação) da Espanha, a Tempranillo ultrapassou a casta Airén em área plantada, alcançando 202.197 hectares em 2021, enquanto a branca Airén ficou com 200.084 hectares. O relatório indica, também que em toda a superfície de plantio da Espanha, as uvas tintas ocupam 52% e as brancas 48% da superfície cultivada. Mas juntas, a Tempranillo e a Airén são responsáveis por 41% de toda a produção de uvas da Espanha.
Na região da Rioja são feitos alguns dos mais prestigiados Tempranillos da Espanha, mas a uva se expressa bem em outros terroirs do país e também em alguns outros países. Expressão, aliás, também se reflete nos nomes que essa uva tem nas diferentes zonas: Cencibel (Castilla-La Mancha), Tinta del País (Madrid), Tinto Fino (Ribera Del Duero), Tinta de Toro (Zamora), Arganda, Escobera O Chichillana (Extremadura), Jacibiera (Castilla-La Mancha), Arauxa (Orense) e Ull De Llebre (Cataluña), Tinta Toriz e Aragonês ou Aragonez (Portugal), Valdepeñas (California) e Luis Hidalgo (Uruguay).
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