Em meio a polêmicas, e apenas recentemente fora da ilegalidade, o absinto ou a fada verde, tem alto teor alcoólico, cor e sabor marcantes
por Redação
A tonalidade verde do absinto remete à Belle Époque, o efervescente período que marcou o início do século XX, sob o resplendor da Revolução Industrial e do revolucionário levante artístico que marcou o surgimento do Romantismo. Época da vida boêmia pelos cafés e boulevards da Paris que renascia a cada dia; e o absinto passou a ser conhecido como La Fée Verte ou The Green Fairy, a fada madrinha da nova expressão artística que ali surgia.
Apesar de ser sempre relacionado à França, o absinto é uma criação suíça. Destilados, seus ingredientes compõem-se de anis e uma diversidade de ervas das quais se destaca a Artemisia absinthium, responsável pela polêmica em volta do absinto, por conter substâncias alucinógenas.
A história do absinto começa em 1792, quando o médico e monarquista francês, Pierre Ordinaire, exilado na Suíça, utilizou a planta Artemisia absinthium para fabricar uma poção digestiva. Poucos anos depois, ele adicionou álcool à fórmula para potencializar seus efeitos.
O medicamento do doutor Ordinaire tornou-se coqueluche na Suíça e rapidamente atravessou fronteiras. Já carregava nessa época uma forte dose de mitologia. Espalhou-se a lenda de que suas virtudes iam muito além da cura dos males do estômago, tornando seus usuários mais bem-dispostos para o trabalho.
Por causa de seus poderes milagrosos e da sua cor esverdeada, os mais entusiasmados apelidaram-no de Fada Verde. Na antiguidade, a planta do absinto era um precioso elixir medicinal, recomendado por ninguém menos que o filósofo Hipócrates e o matemático Pitágoras.
Nas horas de descanso, Toulouse-Lautrec não deixava de dar suas bebericadas. Oscar Wilde e Paul Verlaine escreveram poemas em seu louvor. Degas, Manet, Van Gogh e Picasso fizeram o mesmo em seus quadros...
*Consultoria: www.absinthe.com.br
Receitas com absinto* A Original, à maneira do século XIX
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