por Redação
Historicamente dominada por homens, a indústria do champagne ganhou força e poder feminino com a ascensão da francesa Julie Cavil ao cargo de chefe de cave da Krug, uma das principais casas produtoras da prestigiada região francesa. Pela primeira vez, em 175 anos, a Krug tem uma mulher no cargo.
Julie substitui o enólogo Eric Lebel, de quem era assistente desde 2006, e ele passa a responder como vice-diretor da Krug, que pertence ao grupo LVMH Moët Hennessy. "Foi como uma escolha mútua, de que haveria uma transmissão natural depois de vários anos ao lado de Eric", disse Julie.
Antes de ingressar na Krug, ela iniciou a carreira no vinho frequentando a escola de enologia em Champagne, e trabalhando em quatro colheitas na Moët & Chandon e Dom Pérignon, também de propriedade da LVMH. Em 2002, Julie Cavil e seu marido decidiram abandonar a vida confortável em Paris, perseguindo o projeto de vida de aproximar a família da natureza.
A enologia não estava nos planos no início da vida profissional, e foi na escola de administração, durante o trabalho para uma agência de publicidade em Paris, que ela conheceu o vinho em degustações casuais com amigos, que a levaram a eventos profissionais. A mudança para Champagne proporcionou a oportunidade de transformar sua paixão pelo vinho em uma carreira.
"Estou muito orgulhosa e com um grande senso de responsabilidade, mas também muito confiante", afirmou, citando o treinamento que recebeu de Lebel. "Se alguém tivesse me dito aos 17 anos que um dia estaria vivendo em Reims e trabalhando como enóloga na Krug, não teria acreditado".
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