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  • Pódio brasileiro Espumantes Ouro e Prata

    VI Edição do Concurso de Espumantes Brasileiros premia, em Garibaldi, produtos tradicionais e inovadores de alta qualidade

    por Sílvia Mascella Rosa

    fotos: Giovani Nunes

    Há décadas que o Brasil tem motivos para ter orgulho de seus esportistas. Seja no futebol, no volêi, no judô. Em agosto, o Brasil conquistou sua centésima vitória em um Grande Prêmio de Fórmula 1, em Valência (Espanha), pelas mãos determinadas do piloto que mais disputou grandes prêmios no mundo, o paulistano Rubens Barrichello.

    Ao vê-lo emocionado no pódio, tomando Champagne e comemorando com os outros vencedores, a referência imediata com o mundo dos vinhos foi a de que a persistência, a habilidade de se adaptar, se reinventar e respeitar o entorno, sempre compensa.

    E, no início de agosto, na cidade de Garibaldi, os espumantes brasileiros também subiram ao pódio, ao final do VI Concurso Brasileiro de Espumantes - uma competição a cada edição mais acirrada pela qualidade dos participantes, vindos de 66 vinícolas de todo o Brasil.

    O concurso, promovido nos anos ímpares pela ABE (Associação Brasileira de Enologia), reuniu 65 degustadores, dividos em dois dias de provas - em que 205 amostras de espumantes passaram pela avaliação de enólogos, enófilos e jornalistas especializados.

    As amostras foram divididas em três variedades - Brut, Demi Sec e Asti - e todas degustadas às cegas por cinco grupos de sete jurados cada.

    A revista ADEGA esteve presente tanto na edição de 2007 como nesta de 2009, e o que mais chamou a atenção (além do aumento no número de amostras inscritas, de 144 para 205) foi o patamar de qualidade no qual está a grande maioria dos espumantes e, principalmente, a pulverização dos produtores premiados, que não estão mais tão concentrados no Vale dos Vinhedos.

    Treinamento de campeões

    Uma série de motivos impulsionou a produção de espumantes no Brasil Um deles é o fato de que chove muito na época da colheita das uvas tintas e, no passado (com menos técnicas de controle disponíveis), as uvas brancas - que amadurecem antes - tinham melhor qualidade na Serra Gaúcha, disponibilizando matéria-prima para esses vinhos.

    Outro dado histórico importante é o estabelecimento de vinícolas como a Peterlongo (com quase 100 anos de existência), a Georges Aubert (que infelizmente fechou neste ano), as Cooperativas Garibaldi e Aurora e, na década de 1970, a Chandon; que se dedicaram quase que exclusivamente aos vinhos espumantes, apurando técnicas, selecionando vinhedos e desbravando o mercado (na década de 1950, a Peterlongo vendia seus produtos na Macy's em Nova York, por exemplo).

    Certamente que esse não é um dado passível de comprovação, mas sendo o povo brasileiro uma nação alegre e festeira por tradição, é natural que o espumante sempre ganhe espaço entre a população por estar firmemente ligado às comemorações mais felizes.

    Dessa forma, nossa indústria se desenvolveu bem, a ponto de hoje o produto brasileiro gozar de uma fama internacional que nenhum outro vinho conseguiu atingir, por conta de sua qualidade comprovada ano após ano e da facilidade de harmonização com as mais variadas culinárias.

    Mesmo aos olhos mais críticos, o espumante brasileiro consegue ter boa reputação. Feito, obviamente, nos moldes do Champagne, o produto nacional é, em grande maioria, um pouco mais descontraído, frutado e fresco.

    O mercado nacional se abre para ele através dos Moscatéis, espumantes muito aromáticos, com ligeiro dulçor e teor alcoólico mais baixo, que são a passagem natural para produtos mais secos e preparados com as uvas clássicas como Chardonnay e Pinot Noir.

    Segundo dados do Ibravin, a venda de vinhos espumantes produzidos no Rio Grande do Sul somou 2,63 milhões de litros no primeiro semestre do ano, um incremento de 22,5% na comparação com o mesmo período de 2008 - o que é um bom volume levando-se em conta que o consumo de vinho per capita no País mal atinge os dois litros/ano.

    #Q#

    Diversificação

    Com vendas em bom ritmo no mercado interno e externo (no mesmo dia da conquista de Barrichello, o camarote VIP da 14a etapa da Fórmula Indy, em Sonoma, na Califórnia, abrigou uma degustação de vinhos e espumantes brasileiros), a produção de espumantes se esmera em cuidados para continuar competindo com as novas marcas que surgem nas mais variadas regiões do País; fato comprovado durante o concurso.

    Os produtores tradicionais - como Miolo, Salton, Aurora e Casa Valduga; que saíram todos com pelo menos uma medalha de ouro desse certame - estão acostumados a receber prêmios nas variadas provas que participam, mas, neste ano, eles dividiram seus ouros com produtos de procedências muito distintas, como o espumante Rosé Brut da Cave Pericó (de Santa Catarina), o Moscatel da Casa Geraldo (produzido em Andradas, Minas Gerais), e o Moscatel Salvattore da Vinícola Salvador (de Flores da Cunha), entre outros.

    O pódio final, ao qual tiveram acesso 62 rótulos (seguindo os critérios internacionais da OIV, somente 30% das amostras inscritas podem ser premiadas), revelou uma Grande Medalha de Ouro, para o espumante que conseguiu dos jurados mais de 94 pontos - entre os 100 possíveis. Coube à tradicional Vinícola Dal Pizzol (do distrito de Monte Lemos, em Bento Gonçalves) o lugar mais alto, com seu espumante Do Lugar Brut Charmat, além de mais duas medalhas de ouro para os espumantes Dal Pizzol Brut e Do Lugar Moscatel.

    Dirceu Scottá, enólogo-chefe da vinícola, acredita que o consumidor brasileiro já está ficando ciente da qualidade dos produtos daqui: "Estamos lado a lado (e muitas vezes até acima) com os melhores do mundo.

    Nossos consumidores percebem na taça essa qualidade e nós, produtores, percebemos quando sentimos a crise passando um pouco mais longe de nossos bolsos", afirma. Foram distribuídas, ainda, 48 Medalhas de Ouro (para espumantes que obtiveram de 88 a 93 pontos) e 13 Medalhas de Prata (de 84 a 87 pontos).

    O fato de os 30% passíveis de premiação não terem contemplado nenhuma medalha de bronze, reforça a certeza da qualidade alcançada pelos produtos nacionais, conforme declarou Carlos Abarzua, presidente da ABE. Talvez não esteja tão longe o dia (se os contratos publicitários permitirem) em que um piloto brasileiro suba ao pódio e comemore sua vitória com um espumante nacional.

    Veja na seção CAVE, a partir da página 86, a avaliação do espumante 'Do Lugar' Brut Charmat e, no site OMelhorVinho. com.br, outros espumantes brasileiros premiados.

    Pódio brasileiro, espumantes ouro e prata

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