Variedade sem perder o foco

Giuseppe Grill vai das carnes aos frutos do mar sem perder a qualidade no prato e na taça

por Marcelo Copello

fotos: Giuseppe Grill/divulgação

Aberto em fevereiro de 2007, o Giuseppe Grill Leblon tornouse imediatamente referência em carnes na cidade maravilhosa. Hoje, a casa investe também em frutos do mar, com a mesma competência e sucesso. São 20 cortes de carnes e dez variedades de peixes, algumas raras. Nesta página, no entanto, a estrela é o que vai na taça, e aí o Giuseppe Grill Leblon também dá um show. O proprietário é o empresário Marcelo Torres, um notório amante dos vinhos. Outro restaurante seu, o Café Laguiole, foi avaliado na estréia desta seção (nosso número 14, de outubro de 2006), e até hoje não foi superado em somatório de 27 estrelas, sendo 30 possíveis.

Os mais de 300 rótulos da carta se espalham por onze países, com 24 brancos, 20 espumantes, sete doces, 19 opções em garrafas magnums e cerca de 250 tintos. Como a casa está investindo nos frutos do mar, sugiro incrementar a seleção de brancos. O ponto alto da lista são as várias safras de tintos ícones de diversos países, de Penfolds Grange 1980 (R$ 2.926,00), a Pingus 1997 (R$ 5.998,00), Cheval Blanc 1959 (R$ 3.869,00) e um longo etc.

A melhor opção para começar é, de longe, o Pera Manca branco 2004 (R$ 165,00), que não deve nada a sua versão em tinto e acompanhará com louvor qualquer opção do mar do variado cardápio. Prove com a Centola da Patagônia (R$ 169,40) ou com Turbot (R$ 146,00 por quilo). Este peixe chileno, que lembra um linguado, harmonizará à perfeição com branco se acrescido do molho à la belle meuniére.

fotos: Giuseppe Grill/divulgação
A casa oferece 300 rótulos, sendo 24 brancos, 20 espumantes, 19 em garrafa magnum, sete doces e 250 tintos

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fotos: Giuseppe Grill/divulgação
Entrada do Giuseppe Grill, no Leblon

Feitos um para o outro, as carnes e os tintos são o forte da casa. Imperdível provar o stracotto toscano (R$ 39,60), corte italiano de peito de boi, assado por oito horas na brasa, servido como aperitivo, e a Picanha Supra Sumos (R$ 59,80). Para acompanhar pode-se degustar o bom e baratinho Quinta de Cabriz Colheita Selecionada 2005 (R$ 37,50) ou o excelente e bem em conta Château Siaurac 2003 (R$ 187,60). Este Château da região bordalesa do Pomerol pertence ao mesmo dono do Petrus e, depois de uma hora no decanter, mostra mineralidade elegante que irá formar uma combinação bastante sofisticada com o toque de carvão da picanha.

A adega é belíssima, climatizada apenas para os vinhos especiais. A variedade de vinhos em taça é muito boa, com 25 rótulos, e estes são da melhor qualidade. A taxa de rolha é bem honesta, cobrada no valor do vinho mais barato da carta, hoje apenas R$ 25,60. Quem pilota o saca-rolhas é o garçon Thierry Stanley, que está sendo treinado para assumir o posto de sommelier.

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