Um dos vinhos doces mais famosos e cultuados do mundo, seus primeiros registros datam de 1652, quando as primeiras videiras foram plantadas. Daquela época em diante foi apreciado por personalidades do mundo inteiro, entre elas, Napoleão Bonaparte, que acabou por colocar esse vinho em outro patamar e imortalizá-lo. Sua produção foi interrompida em meados do século XIX e só foi retomada na safra de 1986, que foi lançada em 1990. Branco doce elaborado exclusivamente a partir de uvas Muscat de Frontignan. Cada lote - desde os mais maduros e com boa acidez até os de uvas passas para concentração de açúcar - forma um componente único e é mantido separado e tratado de forma diferente até ao processo do blend final, que pode demorar até 6 meses. Depois disso, o vinho estágia cerca de 3 anos, sendo 50% em barricas de  de 500 litros (misto de carvalho francês e hungáro, bem como madeira de acácia) e 50% em foudres novos de carvalho francês. A colheita de 2016 teve que ser antecipada em consequência do El Niño, o que resultou em maior acidez (TA 6,5 g/l) e teor de açúcar um pouco menor, que de costume (164,8 g/l). O resultado é um vinho complexo, repleto de camadas de aromas e de sabores, com frutas brancas e de caroço maduras e em compota acompanhadas de notas florais, de especiarias doces e de gengibre, com sua textura firme e untuosa e sua pulsante acidez trazendo fluidez ao vinho. Tem final cheio e profundo, com toques redutivos, de laranja, de baunilha, de frutos secos e de cera de abelha. Está ótimo agora, mas tem tudo para ficar ainda melhor nas próximas décadas. Álcool 14%.