Foram feitas 24 mil garrafas de Cabernet Sauvignon de 100 vinícolas chilenas
Redação Publicado em 22/10/2013, às 14h12 - Atualizado em 13/02/2019, às 16h30
Cem vinícolas chilenas se uniram para elaborar um único vinho. O projeto, denominado “100 Barricas de Chile”, foi criado com base na Cabernet Sauvignon da safr 2011 de sete vales de diferentes regiões e serve para potencializar a imagem do Chile no mercado internacional. Até agora foram produzidas 24 mil garrafas, sendo que 95% delas serão exportadas. O valor beira os 100 dólares.
“Este vinho único reflete nossa diversidade e o potencial criativo da enologia do Chile. Sem dúvida nasceu como uma ideia complexa de se materializar, que implicou em um caminho difícil e de alto risco e, por que não dizer, com uma alta cota de loucura e incerteza”, conta Rafael Prieto, diretor da Top Winemakers, empresa que teve a iniciativa.
Segundo ele, escolheu-se a Cabernet Sauvignon porque é a casta que existe na maioria dos diferentes vales chilenos. “É a cepa que deu maior fama e reconhecimento mundial aos nossos vinhos, é a que os enólogos mais conhecem e de alguma forma, é a que representa historicamente a enologia chilena”, aponta.
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O enólogo e gerente da Viña Tres Palacios, Camilo Rahmer, define 100 Barricas como "um vinho de aromas de frutas vermelhas e especiarias, suculento e elegante. O que o diferencia de outros vinhos é o interessante de poder provar um vinho que resume ou reflete os que é o Cabernet chileno em uma garrafa". Foram oito meses de trabalho na elaboração do vinho e cada uma das 100 vinícolas colocou uma barrica de Cabernet da safra 2011. Para se obter o vinho, foi criado um diretório com sete enólogos que definiram o conceito e o estilo. Assim, cada vinícola enviou duas alternativas para o vinho, que foram provadas e selecionadas. Disso, 22 blends foram obtidos e apenas três chegaram à reta final.
Em um dia, 50 enólogos provaram e decidiram o vinho que melhor representava o conceito. Em seguida, levaram-se as barricas para a Viña Tarapacá, onde foram mescladas e engarrafadas, em setembro deste ano.
“Acho que devemos estar mais do que orgulhosos de ter feito um vinho de todos, um vinho que demonstra que somos uma país de vinhos surpreendentes, no qual somos capazes de propor desafios inéditos, um país que cresce e se une na diversidade, um país que acredita em sua capacidade criativa, um país capaz de inovar”, conclui Prieto.