Degustação vertical de Manso de Velasco prova a boa evolução do vinho chileno e o excelente trabalho da família Torres no país
por Luiz Gastão Bolonhez
O simpático Miguel Torres Maczassek - da quarta geração dos Torres do Penedès, na Espanha, filho do pai de mesmo nome, Miguel Torres, que também leva o nome do avô e bisavô - esteve no Brasil para conduzir uma vertical de seu vinho ícone do empreendimento chileno da família, o Manso de Velasco de quatro safras distintas.
A família Torres foi uma das pioneiras estrangeiras a investir na produção de vinhos no Chile. Chegaram anos antes dos Rothschild e Mondavi, por exemplo.
O Manso de Velasco, seu vinho top lá, é um Cabernet Sauvignon puro produzido em Curicó com vinhas de mais de 110 anos. Esse vinho é, sem dúvida, um dos mais especiais de nosso continente e essa degustação vertical provou isso a um grupo privilegiado.
Degustamos o Manso de Velasco 1998, 2003, 2006 e 2007. Todos em perfeito estado. O 1998, como era de se esperar, era o mais herbáceo, com taninos de boa, mas não de excelente qualidade. Talvez o mais chileno (à moda antiga) de todos. O 2003 estava aromaticamente sensacional, com muita vida e um conjunto de boca também muito bom. Um tinto de uma safra quente, com muita fruta e muita alegria. Os dois últimos estavam em uma "corrida" especial. O 2006, o mais "Cabernet Sauvignon" de todos, e o 2007, o mais elegante, talvez ligeiramente mais profundo. Para beber hoje, o 2003 e o 2006 foram os destaques, com leve vantagem para o primeiro. 2006 e 2007 são vinhos para longa guarda. Ambos já foram avaliados por ADEGA e ambos receberam 94 pontos. Confira os detalhes das avaliações em OMelhorVinho.com.br.
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