A França perdeu 37% de seus vinhedos entre 1974 e 2020

Maiores perdas de vinhedos da França ocorreram na região do Languedoc, mas Champagne cresceu

Silvia Mascella Publicado em 24/01/2024, às 08h00

Vinhedos na Alsácia, região cresceu 41% em quatro décadas -

As prateleiras cheias de rótulos diferentes cada vez que vamos fazer uma compra nos dão a entender que o mundo do vinho é uma terra sempre em expansão. Números comparativos colocam sempre Espanha, Itália e França em disputa por quem planta mais e quem faz mais vinho.

Mas a multiplicação de rótulos não quer dizer exatamente a expansão de territórios. Há poucos dias noticiamos aqui (leia no link abaixo) que uma importante DO da Espanha proibiu o plantio de novas áreas de vinhedos por alguns anos, para proteger sua marca. É sabido por todos que volume não é sinônimo de qualidade.

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A FranceAgriMer é um orgão público ligado ao Ministério da Agricultura da França que sistematicamente elabora e divulga estatísticas agroeconômicas com dados acumulados há muitas décadas. Em uma publicação comparativa entre os anos de 1974 e 2020  o orgão revelou que os vinhedos franceses encolheram 37% nesses 46 anos.

Os terroirs que encolheram significativamente foram o Languedoc-Roussilon (que diminuiu quase 50%), o Pays de Loire (-41,7%) e da Provence-Cote D'Azur (-39,8%) entre outros. Quem cresceu, durante essas décadas, foram os territórios de Champagne (55,8%), Borgonha (43,9%) e da Alsácia (41,4%).

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Em quase toda a Europa os vinhedos diminuiriam na última década em busca de um fator: a qualidade. A tecnologia e os avanços na agronomia aplicados aos vinhedos também permitem que os espaços sejam otimizados e que os vinhos de algumas regiões ser tornem mais valiosos, o que interessa ao produtor.

E como tamanho não é documento, mesmo a França tendo encolhido suas áreas de produção em 10% nos últimos 15 anos, ela ainda é a segunda maior produtora de vinhos do mundo, atrás apenas da Itália, segundo relatório da OIV com dados de 2022.

Veja abaixo os vinhos da Alsácia (região que cresceu 41,4% nos últimos 46 anos) degustados por ADEGA.

 

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