Alterações ainda precisam ser confirmadas pelo Ministério da Agricultura italiano
André De Fraia Publicado em 01/02/2022, às 14h00
Vinhedo em Vinci, nova região de Chianti Classico DOCG
Desde sua criação em 1716, a região de Chainti vem passando por transformações e modernizações. É com isso em mente que o Consórcio enviou o pedido para o Ministério da Agricultura italiano aprovar uma nova região e uma nova classificação para a DOCG Chianti Clássico.
A nova área, chamada de Terre di Vinci é formada por quatro municípios da província de Florença: Capraia e Limite, Ceretto Guidi, Fucecchio e Vinci (cidade onde nasceu o famoso Leonardo da Vinci).
"Este é um desenvolvimento positivo para a área de Terre di Vinci e, de fato, para todo o Chianti", diz Giovanni Busi, presidente do Consórcio Vino Chianti. “O desejo de criar uma subzona demonstra uma forte iniciativa por parte dos produtores de mostrar sua área específica. Também indica uma vontade de lutar por um nível de qualidade ainda mais alto porque os regulamentos para subzonas são mais rigorosos do que os da denominação básica.”
Localizada na parte noroeste do Chianti DOCG, Terre di Vinci ocupa um enclave considerado pelos produtores como único. As altitudes são moderadas, em média 150 metros acima do nível do mar, com declives suaves e brisas temperadas do Mar Mediterrâneo. Há também uma configuração de solo particular que combina calcário com camadas de argila e abundantes depósitos de fósseis marinhos.
“Esta combinação tem potencial para produzir vinhos de terroir que combinam tensão e vibração com riqueza, corpo e taninos finos, demonstrando frescura, finesse, persistência e um elemento salino saboroso” diz Alberto Antonini, produtor da região.
Além do terroir e de uma longa tradição vitivinícola, há também o prestígio cultural de produzir vinho da terra natal de um dos maiores gênios da história. Se aprovada, a área será a oitava elevada a categoria de Chianti Classico DOCG.
Outra demanda do Consórcio é a criação da classificação Gran Selezione para o Chianti DOCG, Busi disse que as regras ainda precisam ser aperfeiçoadas após a aprovação do Ministério, porém a nova categoria seria próxima à utilizada pelos vinhos Chianti Classico DOCG, ou seja, maior período de maturação antes do lançamento do vinho no mercado, uma porcentagem maior de Sangiovese, menores rendimentos por hectare, uvas exclusivamente cultivadas em propriedades da área demarcada e maior volume mínimo de álcool.
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