Na Moldávia, ela guarda 1,5 milhões de garrafas, em “ruas” que cabem um carro dentro
por Redação
Alguns dos túneis da Adega podem comportar carros em "ruas" que possuem nomes de variedades de uva.
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Imagine “ruas” enormes, calçadas com mármore, nas quais cabem um carro dentro, cercadas de vinhos por todos os lados. Assim é a adega da vinícola Mileștii Mici, na cidade homônima, na Moldávia, antiga república da União Soviética, ensanduichada entre a Romênia e a Ucrânia.
A maior adega do mundo tem mais de 200 km de comprimento, dos quais 120 km estão ocupados com 1,5 milhão de garrafas (recorde registrado no Guiness Book como a maior adega também em número de garrafas), em túneis com profundidades que variam de 35 a 80 metros. Essas características mantêm o ambiente com temperatura constante entre 12ºC e 14ºC e com umidade de 97 a 98%, ideal para a conservação das garrafas por longo tempo.
Nos nichos, há vinhos do mundo todo, numa amostragem impecável dos grandes terroirs do planeta. E o acervo aumenta a cada dia, uma vez que a adega ganha continuamente novos rótulos por meio de trocas, compras ou doados por vinícolas.
Claro, há raridades também. Metade da adega pessoal de Hermann Göring, o segundo homem mais importante da Alemanha hitlerista, por exemplo, foi transferida para lá após ser confiscada pelos soviéticos (a outra metade ficou na Crimeia), durante a Segunda Grande Guerra.
Uma das salas de degustação dentro da gigantesca adega
Além de estocar vinhos, a maior adega do mundo conta com inúmeros ambientes. Há salas de degustação, salas de reunião e salas de jantar, em diferentes estilos arquitetônicos e de decoração. Por eles já passaram líderes como Mikhail Gorbachev e Vladimir Putin, que comemorou o seu aniversário de 50 anos ali.
Reza lenda que o cosmonauta Yuri Gagarin, primeiro homem a orbitar a Terra em 1961, visitou a adega em 1966 e só saiu de lá escorado, dois dias depois.
Vale dizer que a maior adega do mundo não foi construída para abrigar vinhos. Seus túneis, originalmente, foram escavados para mineração de calcário, no século 15. As escavações, aliás, continuam até hoje, com a mesma finalidade. Isto é, quando o minério acabar, entram mais garrafas. E assim, a adega continua batendo seu próprio recorde, ano após ano.
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