Papa Francisco pede que padres usem apenas vinhos “naturais” nos sacramentos

Descubra os detalhes do comunicado do Pontífice

por Redação

Uma carta enviada para os bispos do mundo todo causou alvoroço nos defensores dos vinhos naturais. Logo espalhou-se a notícia de que o papa Francisco estaria obrigando que o principal sacramento da igreja, a comunhão, fosse celebrada apenas com vinhos naturais.



No dia 8 de julho, a Congregação para a Divina Adoração e a Disciplina dos Sacramentos, sob requisição papal, enviou um comunicado a todas as dioceses para lembrar os padres de todo o planeta de como a comunhão deveria ser ofertada e quais os cuidados eles deveriam tomar para escolher os produtos adequados. 

No caso do vinho, a carta diz: “O vinho que é usado na mais sagrada celebração do sacrifício eucarístico deve ser natural, feito do fruto da videira, puro e incorrupto, não misturado com outras substâncias. Deve-se ter grande cuidado para que o vinho destinado à celebração da eucaristia seja bem conservado e não tenha azedado. É totalmente proibido usar vinho de autenticidade ou proveniência duvidosa”. 

Apesar de todo o alvoroço, o papa não acrescentou nada ao código canônico, apenas reafirmou seus pontos e o termo natural, que já existia, está longe de representar tudo o que os defensores das técnicas naturais gostariam. Aqui, natural apenas quer dizer que ele não deve ter substâncias estranhas e não necessariamente ter sido feito com uvas de cultivo orgânico ou coisa do gênero, tampouco sem intervenções para manter sua integridade.

No mesmo comunicado, o papa lembrou que as hóstias tampouco podem ser sem glúten: “As hóstias completamente sem glúten são matéria inválida para a eucaristia. São matéria válida as hóstias parcialmente desprovidas de glúten, de modo que nelas esteja presente uma quantidade de glúten suficiente para obter a panificação, sem acréscimo de substâncias estranhas e sem recorrer a procedimentos tais que desnaturem o pão”.

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